A polêmica sobre a braçadeira “One love” entrou no radar de perguntas. Ao ser questionado sobre a possibilidade de o elenco fazer algum protesto em jogos da Copa do Mundo do Catar, Xhaka foi evasivo. “Não acho que nós, como a Suíça, não temos que fazer nada. Queremos focar no futebol. Essa é a prioridade.”
O caso, porém, rendeu uma conversa entre comissão técnica e jogadores para deixar tudo definido. “Discutimos isso com o elenco. Estamos tristes por não termos permissão de usar a braçadeira. Os jogadores foram expostos a sanções. Mas isso não muda o fato de que nosso capitão defende valores como a solidariedade”, disse Adrian Arnold, assessor de imprensa da seleção suíça.
No jogo em que a Alemanha acabou derrotada pelo Japão, um protesto foi feito sobre a proibição de usar as braçadeiras. No momento de tirar a foto tradicional os atletas alemães levaram uma das mãos à boca em um gesto que simbolizou a censura que eles entendem ter sido imposta pela Fifa. O ato aconteceu na decisão da entidade em punir esportivamente, com cartão amarelo, jogadores que usarem a braçadeira na Copa.
A “One love” é um símbolo de apoio à diversidade e também um protesto contra a violação dos direitos humanos. O governo do Catar vem sofrendo duras críticas pelo tratamento dado a imigrantes que trabalharam na construção das praças esportivas e também pela intolerância ao público LGBT+.
No Grupo G da Copa do Mundo, mesmo do Brasil, a Suíça entra em campo pela primeira vez no Catar nesta quinta-feira, às 7h (horário de Brasília), frente Camarões, no Estádio Al Janoub.
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