Lucas Paquetá tem depoimento na CPI das Apostas adiado pela segunda vez

Jogador prepara defesa para apresentar na Inglaterra, onde foi denunciado por suspeita de envolvimento com esquema de apostas esportivas em jogos da Premier League

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Foto do author Leonardo Catto

A CPI Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas terá de esperar mais para ouvir Lucas Paquetá. O depoimento do jogador do West Ham e da seleção brasileira foi adiado pela segunda vez. Ainda não há data para a sua oitiva. Conforme apurou o Estadão, advogados do atleta informaram que seria inviável a participação nesta semana. O motivo não foi confirmado. Entretanto, o West Ham visita o Leicester nesta terça-feira pela 14ª rodada da Premier League. A tendência é que Paquetá seja escalado pelo técnico Julen Lopetegui.

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Inicialmente, o jogador seria ouvido pelos senadores em 30 de outubro. Um primeiro pedido de adiamento foi feito pelos advogados do atleta e negado pela CPI. Depois, uma segunda solicitação foi acatada. Esta última argumentava que Paquetá estava focado na elaboração de sua defesa perante a federação inglesa, para ser apresentada em dezembro, quatro meses antes da audiência na FA, marcada para março de 2025.

O depoimento na CPI, então, foi movido para 3 de dezembro. Entretanto, na véspera da data, o nome do atleta não consta na agenda da CPI. Nesta terça-feira, serão ouvidos Gesilea Fonseca Teles, superintendente da Anatel, e Oitiva de Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, responsável por pesquisas sobre o mercado das bets.

Seleção Brasileira treina no estádio do Barradão em Salvador nesse domingo 17/11. Foto: RAFAEL RIBEIRO/CBF

Em outubro, Paquetá publicou uma nota sobre as acusações e a repercussão. “Estou frustrado e chateado por ter lido artigos de imprensa enganosos e imprecisos recentes, publicados na Inglaterra e no Brasil, alegando divulgar informações sobre o meu caso. Algumas delas são falsas e parecem destinadas a minar minha posição”, diz parte do texto da postagem.

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“Continuo negando as acusações contra mim e estou ansioso para demonstrar minha inocência”, finalizou.

Dirigentes de pequenos do Rio também são ouvidos após investigação da Polícia

Há ainda mais uma reunião, marcada para quarta-feira. O único nome na pauta é o de Reginaldo Gomes, presidente da Sociedade Esportiva Belford Roxo, clube da Série B1 do Campeonato Carioca.

O clube foi citado em uma investigação da Polícia Civil do Rio sobre manipulação em jogos. O jogo que motivou o inquérito aconteceu em junho, contra o Nova Cidade.

Na época, foi verificado um alto volume de apostas na partida feitos na Ásia, buscando vitória do Nova Cidade no primeiro tempo e do Belford Roxo na partida. No intervalo, o Nova Cidade vencia por 3 a 1. O jogo, contudo, terminou 5 a 3 para o Belford Roxo.

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O presidente do Nova Cidade, Jorge Luiz Pacheco Eloy, depôs à CPI na semana passada. “A princípio não tem nenhuma suspeita, suposta suspeita de manipulação, não. É porque o time de base, ele exige muito do físico. E infelizmente a gente não tem profissionais competentes para exercer a função de preparador físico. Jogam bem no primeiro tempo e, no segundo tempo, infelizmente, pode acontecer como aconteceu com o Botafogo: perdeu no físico, tomou quatro gols”, falou Eloy, em referência à virada do Palmeiras por 4 a 3 no Botafogo em 2023.