A Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) denunciou nesta quarta-feira que o presidente do Brasiliense, Luiz Estevão, impediu que dois profissionais da imprensa fizessem a cobertura do duelo com o Goiás, pelas quartas de final da Copa Verde, no Estádio Boca do Jacaré, no Distrito Federal.
“De forma abusiva, ilegal e criminosa, dois profissionais de imprensa filiados à ABCD e credenciados pela CBF para o jogo entre Brasiliense x Goiás, válido pela Copa Verde 2023, foram impedidos de exercer seu múnus. Os profissionais possuem registro profissional, DRT, e estão prestando serviços a empresas de dados que municiam o Google, Soft Sports, dentre outras empresas, como a Rede Globo, inclusive de sites de aposta. Inclusive, a empresa Betano, que é um site de aposta, patrocina o torneio e dá o naming rights da competição”, escreveu a entidade em nota.
De acordo com a ABCD, partiu de Luiz Estevão a ordem de bloquear a entrada dos jornalistas. Um deles teria sido retirado da cabine em que se encontrava, enquanto o outro jornalista não pôde passar do portão.
A entidade compreende que houve violação da legislação, afirma que acionou a Polícia Militar, denunciou o caso ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e diz que estuda ingressar com uma ação judicial contra o clube.
Luiz Estevão, 73, é empresário, fundador do Brasiliense e dono do portal Metrópoles. Ex-senador pelo Distrito Federal entre 1999 e 2000, foi cassado e posteriormente preso por peculato, corrupção ativa e estelionato, crimes cometidos por desvio de verbas nas obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, entre 1992 e 1998. Desde junho de 2021, cumpre o restante da pena em regime aberto.
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