A Mancha Alvi Verde, principal organizada do Palmeiras, fez um protesto direcionado a Leila Pereira nesta quinta-feira, 29. Com faixas e músicas, integrantes da torcida se reuniram em frente à sede da Crefisa, empresa da presidente e patrocinadora do clube desde 2015, em São Paulo, para manifestar o descontentamento com a dirigente, que não se manifestou. Não houve críticas ao elenco e ao técnico Abel Ferreira.
A necessidade de contratações é a principal razão da cobrança dos torcedores. O time joga nesta quinta na Libertadores. A diretoria trouxe apenas dois reforços em 2023 - Artur e Richard Ríos - e não contratou um substituto para Danilo, que se transferiu para o Nottingham Forest, assim como Gustavo Scarpa.
A organizada do Palmeiras entende que o time é bom, mas o elenco está enfraquecido, sem atletas capazes de substituir titulares importantes, como Raphael Veiga e Zé Rafael, que sofreu estiramento no joelho no jogo passado, na derrota para a Botafogo, e ficará ausente por um tempo.
“Às vésperas da abertura da janela de transferências, intensificamos as cobranças, devido ao afunilamento das competições e ao risco iminente de lesões, como a sofrida pelo volante Zé Rafael”, justificou a Mancha em suas redes sociais. A torcida diz estar “fechada” com o elenco e com o técnico Abel Ferreira.
A Mancha Alvi Verde questionou mais uma vez o preço cobrado pelos ingressos nos últimos jogos - R$ 180 o mais em conta - e ironizou a aquisição de um avião para uso do Palmeiras. A aeronave pertence à empresa de Leila Pereira, a Placar, aberta com seu próprio dinheiro.
Veja os gritos da torcida durante o protesto:
- “Olêlê olálá, o avião vem aí e o bicho vai pegar”
- “Pu** que pariu, na próxima contrata um navio”
- “Tá de tiração, vendeu Scarpa e comprou um avião”
- “Ô tia Leila, preste atenção, o avião não é contratação”
- ”Olha quem chegou, o avião novo volante do Porco”
- “P... que o pariu, é o ingresso mais caro do Brasil”
A Mancha Alvi Verde era aliada de Leila Pereira até o início do ano passado, quando a empresária, em seus primeiros meses na presidência do clube, rompeu com a organizada após os primeiros protestos que enfrentou. O rompimento a fez pedir de volta R$ 200 mil que havia dado para a uniformizada levar torcedores para Abu Dabi no Mundial de Clubes.
A torcida protestou horas antes do duelo do Palmeiras com o Bolívar, às 21h (de Brasília), no Allianz Parque, desta quinta, em duelo que encerra a fase de grupos da Libertadores. Garantida no mata-mata, a equipe de Abel Ferreira precisa vencer os bolivianos para confirmar o primeiro lugar de sua chave.
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