Manchester City se vinga do Real Madrid e faz final da Champions League com a Inter de Milão

Comandados de Pep Guardiola despacham atuais campeões com goleada e vão decidir título na Turquia no dia 10 de junho

PUBLICIDADE

Foto do author Bruno Accorsi
Atualização:

Eliminado pelo Real Madrid na semifinal da edição passada da Champions League, o Manchester City conseguiu superar o carrasco nesta quarta-feira. Pep Guardiola fez seu time apresentar o futebol que o consagrou como um dos maiores treinadores da atualidade para bater os comandados de Carlo Ancelotti por 4 a 0, no Etihad Stadium, resultado histórico que coloca o time inglês na final do principal torneio europeu de clubes. A partida de ida, na Espanha, terminou empatada por 1 a 1.

PUBLICIDADE

Em busca de seu primeiro título da Champions League, o milionário clube inglês chegará à decisão, marcada para dia 10 de junho, em Istambul, como favorito. Embora a Internazionale, também finalista após levar a melhor no clássico com o Milan, tenha mais tradição no campeonato e seja tricampeã, o futebol apresentado pelo City o credencia a entrar em campo com grandes chances de alcançar o feito inédito em sua história.

Campeão da edição 2021/2022, Real já começa a pensar na próxima temporada, já que o Campeonato Espanhol já tem o rival Barcelona como campeão. A principal questão no momento passa a ser a permanência de Ancelotti, principal alvo da CBF para comandar a seleção brasileira no próximo ciclo.

Pep Guardiola chega à sua segunda final de Champions com o City e buscará quebra de tabu. Foto: Jon Super/ AP

Depois de terminar o jogo de ida sem ter feito uma substituição sequer em sua equipe, Guardiola mandou exatamente o mesmo time a campo nesta quarta-feira. Ancelotti, por sua vez, escolheu sacar o zagueiro Rüdiger, que fez um ótimo trabalho marcando Haaland no jogo anterior, para promover o retorno do brasileiro Eder Militão, titular da posição.

Independentemente de qual dos dois defensores começasse jogando, seria difícil para a defesa madrilenha conter o ímpeto dos donos da casa. O início da partida foi de uma organização ofensiva que atordoou o time espanhol. Após 15 minutos de jogo, os comandados de Guardiola haviam completado 124 passes e os adversários tinham concluído apenas 13.

Publicidade

Como de costume, Courtois entrou em ação para salvar a pele merengue e venceu dois duelos com Haaland ao fazer defesas muito difíceis após cabeceios potentes do fenômeno norueguês. O goleiro belga, contudo, nada pôde fazer quando Bernardo Silva dominou livre dentro da área, após a bola passar entre Modric e Kroos graças a belo passe de De Bruyne. Apenas viu o português bater de perna esquerda e balançar a rede, aos 22 minutos.

O City continuou com seu jogo intenso até o cronômetro bater cerca de 30 minutos de jogo. A partir daí, passou a dar mais espaço ao Real, que teve a grande chance de empatar após uma finalização de Kroos de fora da área. A bola explodiu no travessão. Dois minutos depois, entretanto, o time inglês voltou ao ataque e ampliou com mais um gol de Bernardo Silva, dessa vez de cabeça.

Na etapa final, o Real Madrid foi inoperante durante a maior parte do tempo. Quando teve oportunidades no ataque, parou no brasileiro Ederson, que deu segurança para o City seguir dominando a partida e encontrar o caminho para minar toda a esperança madrilenha. Um gol contra de Militão, aos 30 minutos, neutralizou qualquer reação. Então, aos 45 minutos, o argentino Julián Álvarez, que acabara de entrar em campo, transformou o placar em uma goleada histórica.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.