Marta sonha com título inédito antes da estreia na Copa: ‘Não é para mim, é para o Brasil’

Camisa 10 da seleção vai para a sexta e última participação em mundiais com mentalidade de ‘agora ou nunca’

PUBLICIDADE

Por Leonardo Catto
Atualização:

Marta encara a Copa do Mundo 2023 como um dos maiores desafios da carreira. O título inédito é objetivo da craque. A última participação da jogadora em mundiais tem uma mentalidade determinada: é agora ou nunca, ao menos como atleta.

“A Copa do Mundo perfeita para o Brasil já estava de bom tamanho. Não é para mim. É para o Brasil. É complicado pensar em outro cenário. Para mim, tem que ser agora. Se não for, não vai ser com a Marta jogando como atleta. É agora ou nunca. Não digo que esteja faltando, mas, já que está na minha frente, por que não agarrar? Vou dar o máximo e deixar o que tiver que deixar em campo, mas sair com título”, falou.

Se não for, não vai ser com a Marta jogando como atleta. É agora ou nunca.

Marta, sobre o título inédito da Copa do Mundo

Marta participou do último treino antes da partida de estreia. Pia garante que a camisa 10 'está 100%'. Foto: Thais Magalhães (CBF/Divulgação)

PUBLICIDADE

A camisa 10 da seleção concedeu entrevista ao site oficial da Fifa. Ela elogiou o grupo levado por Pia Sundhage à Oceania. “A concorrência vem crescendo muito. Isso é devido ao trabalho que vem sendo feito no futebol feminino em todo planeta. Só engrandece a modalidade. Fico feliz em ver concorrência. A seleção tem muitas meninas boas e de qualidade”, analisa. Ainda que o elenco tenha a maior média de idade do Brasil em copas femininas, com 27,4 anos, 11 atletas são estreantes em mundiais.

“Quando eu cheguei na seleção com 15 para 16 anos, era um ambiente bem diferente. A gente leva hoje de uma maneira mais leve. Cobra a companheira de uma maneira positiva, não passando por cima de qualquer coisa para jogar. A gente quer dar feedback para as meninas mais novas fazendo com que elas se sintam bem na seleção”, conta Marta.

Publicidade

A jogadora admite, porém, que a missão é difícil. Ainda que considere o título possível, Marta não teme em citar outros favoritos. “Sempre falamos dos Estados Unidos, que é o país do futebol. A Austrália, que joga em casa e tem força. Grandes nomes como Alemanha, que sempre dá muito trabalho. Inglaterra, Holanda, França, que está no nosso grupo”, cita.

Diante da ‘última dança’, Marta comemora cada evolução do futebol feminino. A jogadora reconhece que faz parte de duas gerações, uma que buscou reconhecimento e outra que tem certo retorno disso. Mesmo assim, a mensagem que ela deixa para as futuras atletas é para que continuem lutando por espaço. “Perseverança e determinação. São anos e anos de luta que valem a pena. A nossa geração atual usufrui de o que começamos lá atrás. E tomara que a próxima possa ter muito mais oportunidade e ser reconhecida”.

O Brasil estreia contra o Panamá nesta segunda-feira, 24, às 8h (horário de Brasília), em partida válida pelo Grupo F. Em entrevista coletiva, a técnica Pia Sundhage garantiu que Marta está fisicamente apta para jogar. A jogadora vinha de lesão e havia sofrido uma pancada na coxa em treino.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.