A seleção brasileira feminina de futebol enfrenta a Espanha nesta terça-feira, dia 6 de agosto, às 16h (de Brasília), pela semifinal das Olimpíadas de Paris 2024. A grande dúvida para a partida, no entanto, é se Marta estará presente em campo pelo Brasil.
No último jogo da fase de grupos do torneio, contra a própria seleção espanhola, a jogadora brasileira foi expulsa após uma violenta entrada contra a defensora Olga Carmona. Expulsões diretas, como foi o caso da atleta, resultam em suspensão de um jogo. Com isso, Marta não esteve presente na vitória brasileira contra a França pelas quartas de final da competição.
O choque da torcida brasileira, entretanto, veio ao descobrir que a suspensão da ‘rainha’ se estendia também para a semifinal. O lance foi considerado uma “falta séria” pela Fifa, que acabou penalizando a camisa 10 do Brasil com uma suspensão de dois jogos. Tal informação só foi amplamente divulgada após a classificação brasileira, o que causou confusão nos torcedores.
O parágrafo 11.5 da regra da Fifa no futebol olímpico diz: “Se jogadores ou dirigentes de equipe forem expulsos como resultado de um cartão vermelho direto ou indireto, eles serão automaticamente suspensos do próximo jogo de sua equipe. Além disso, outras sanções poderão ser impostas pelo Comitê Disciplinar da Fifa.”
Visando contar com a jogadora para a partida, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para liberar a atleta antes da realização do jogo. A ação foi protocolada pela CBF na manhã desta segunda-feira, 5, e contesta a decisão imposta pela Comissão Disciplinar da FIFA.
Segundo nota oficial da confederação, a Diretoria Jurídica da CBF e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) pedem a desclassificação da conduta da atleta aplicada pela FIFA como falta grave. A justificativa usada pela entidade é que a falta cometida não foi intencional e sem emprego de violência, além de apontarem para o fato de que Carmona não sofreu qualquer tipo de lesão além da pancada e seguiu na partida após atendimento médico.
A ação da CBF com o TAS surge após a confederação tentar anular o segundo jogo de suspensão com a Fifa, que não surtiu efeito. Vale lembrar que o TAS é um órgão independente, que não pertence a nenhuma federação ou instituição futebolística, e cuida de processos e contestações relacionadas ao desporto através de arbitragem e mediação.
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