O presidente Horley Senna preferiu minimizar as críticas ao time e disse que "tudo no Guarani ganha uma dimensão muito maior do que é a verdade". Ele também qualificou o protesto da torcida e as críticas da imprensa como "uma cobrança exarcebada". Não deixou de ser grosseiro, como lhe é peculiar. "Um ou outro torcedor que reclama têm problema em casa. Deve ter sido traído pela mulher".
O presidente argumenta que o time estava invicto há sete jogos na Série C e mesmo após a derrota ainda é líder. "Uma hora ou outra a gente iria perder. Não jogamos bem e perdemos. Só isso". Mas o dirigente não avaliou as últimas apresentações do time, que não marca há três jogos. Antes da derrota em Mogi Mirim (SP), o time empatou sem gols com Portuguesa, em São Paulo, e com o Botafogo-SP, em Campinas (SP). O clube confirmou o acerto com o meia Renatinho, ex-Mirassol, mas ainda não definiu um atacante especialista para ser chamado de matador.
QUESTÃO FINANCEIRA - Sobre o atraso na premiação, ele garante que será tudo acertado ainda nesta semana. A promessa é que uma parte deve ser paga nesta quarta-feira. "Tudo aqui dentro é honrado", disse em alto tom o dirigente, ao mesmo tempo em que admite que o salário dos funcionários agora é pago no dia 15 de cada mês. Lembrou que a folha dos jogadores triplicou e, por isso, sempre existem dificuldades.
Horley Senna admitiu que é inviável o clube aderir ao Profut - programa de refinanciamento do governo federal - porque teria que desembolsar R$ 125 mil por mês e não há recursos suficientes. Mas ele acredita que a ação conjunta de vários clubes vai abrir uma alternativa para que o Guarani possa quitar os seus débitos junto aos órgãos oficiais.
À parte dos problemas administrativos, o técnico Marcelo Chamusca também achou que o time não foi bem em Mogi Mirim e alertou que precisa melhorar. Ele já espera que isso ocorra neste domingo contra o Ypiranga-RS, pela nona rodada, em Campinas.
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