Nedved e mais dirigentes da Juventus podem ir a julgamento por fraude

Promotores investigam acusações de que o clube teria obtido lucro por meio de um esquema para recebimento de comissões ilegais de jogadores transferidos e emprestados

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Por Redação
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O ex-meia Pavel Nedved, hoje vice-presidente da Juventus, pode ir a julgamento por fraude contábil e irregularidades em transferências de jogadores, assim como o presidente do clube Andrea Agnelli, e o diretor executivo Maurizio Arrivabene, ex-chefe de equipe da Ferrari. Os três estão entre 15 pessoas citadas em uma notificação da Promotoria de Turim sobre investigações de crimes financeiros.

Os promotores investigam acusações de que a Juventus, listada na Bolsa de Valores de Milão, teria obtido lucro por meio de um esquema para recebimento de comissões ilegais de jogadores transferidos e emprestados. Também está sendo apurado se investidores foram enganados com emissões de faturas de transações não existentes para demonstrar receitas, o que seria considerado fraude contábil.

FILE- Juventus soccer team president Andrea Agnelli arrives prior to the start of the third free practice at the Monza racetrack, in Monza, Italy, Sept. 10, 2022. Juventus president Andrea Agnelli, vice president Pavel Nedved and CEO Maurizio Arrivabene are among 15 people who could face a trial for alleged false accounting and irregularities in player transfers following a notification from the public prosecutor’s office in Turin.The prosecutor’s office announced on Monday that 16 subjects were under investigation: Juventus and 15 people. A request for home arrest for Agnelli was rejected by a preliminary judge. (AP Photo/Luca Bruno, File) 
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As autoridades estão analisando contratos, transferências e acordos feitos entre o clube e agentes no período de 2018 a 2020. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a Juventus disse estar convencida de que “operou de acordo com as leis e regras que governam as relações financeiras” e que “cumpriu com os “costumes internacionais da indústria do futebol”.

Os advogados Maurizio Bellacosa e Davide Sangiorgio, que representam a Juve e o presidente Agnelli, respectivamente, argumentam que as cortes do esporte já livraram o clube das mesmas acusações em outras duas oportunidades e que não há nenhum fato novo desde que tais decisões foram publicadas.

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De acordo com as autoridades italianas, as investigações têm como foco a Juventus e mais 15 pessoas. Houve um pedido de prisão domiciliar para Agnelli, mas a possibilidade foi rejeitada em julgamento preliminar.

No mês passado, a Juventus divulgou que teve um prejuízo de 254,3 milhões de euros (R$ 1,34 bilhão) durante o ano financeiro de 2021/2022, 44,4 milhões de euros (R$ 234 milhões) a mais do que o saldo negativo registado em 2020/2021 . Foi o quinto ano consecutivo em que o clube registrou prejuízo.

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