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Neymar é processado em Paris por empregar mulher irregularmente em sua casa na França, diz jornal

Funcionária alega que trabalhou sem descanso por quase dois anos enquanto o jogador atuava no Paris Saint-Germain; atacante afirma que não foi citado no processo

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Por João Coelho
Atualização:

Uma ex-funcionária de Neymar em Paris está processando o jogador na Justiça trabalhista da França por, supostamente, ter trabalhado além de seu expediente e sem direito a folgas entre janeiro de 2021 e outubro de 2022, período em que o atleta ainda atuava no Paris Saint-Germain. A informação foi publicada pelo jornal francês Le Parisien nesta quarta-feira, dia 15. Procurada pelo Estadão, a assessoria de Neymar disse que desconhece o assunto, porque o jogador não foi citado no processo.

No processo, a mulher, uma brasileira de 35 anos e mãe de quatro filhos, alega que trabalhava sete dias na semana durante quase dois anos para Neymar. Ela era responsável pelos afazeres domésticos do jogador, mas relata que, entre suas tarefas, também estava cortar as unhas dos amigos do craque. O Le Parisien está utilizando o termo “trabalho oculto” para se referir ao caso, termo usado na França para as atividades feitas fora da jornada estabelecida.

Neymar em ação com a camisa da seleção brasileira em partida contra o Uruguai, em outubro de 2023. Foto: Andres Cuenca/Reuters

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De acordo com a reportagem, a colaboradora está pedindo indenização para Neymar de 368 mil euros, o que corresponde a cerca de R$ 1,94 milhão. Ela recebia 15 euros por hora trabalhada, cerca de R$ 70 e, como não havia sido registrada, anotava em um caderno a sua jornada diária.

A reportagem afirma que a mulher trabalhou até duas semanas antes de dar à luz seu quarto filho, que nasceu prematuro. O caso está correndo no tribunal de Saint-Germain-en-Laye, comuna francesa a cerca de 20 quilômetros do centro de Paris. A mulher contou com o apoio de entidades filantrópicas, como a Secours populaire e a Restaurants du Cœur, para arcar com os custos do processo. Segundo o Le Parisien, ela e seus advogados tentaram encontrar uma saída pacífica, através de um acordo entre as partes, mas não obtiveram retorno.

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