Os últimos presidentes da CBF e os marcos de suas gestões

Ao longo da história, dez nomes estiveram à frente da entidade desde que ela passou a receber o nome atual

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Por Redação

Ednaldo Rodrigues será aclamado à reeleição como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda-feira, 24. Entre idas e vindas, o dirigente está a frente do cargo desde 2021, e tem o apoio das federações e da maioria dos clubes na chapa única “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”, em uma eleição conduzida às pressas pela entidade.

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Sem concorrentes, após Ronaldo Fenômeno desistir da candidatura ao não conseguir apoio de nenhuma federação, a chapa é composta também por Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti.

A candidatura contou com a subscrição das 27 federações estaduais e de 13 clubes da Série A e outros 13 da Série B. A eleição nesta segunda-feira, 24, determinará os ocupantes dos cargos de presidente e vice-presidentes da entidade de março de 2026 a março de 2030. Essa união entre as federações é um dos pontos mais fortes do atual mandato de Ednaldo, que já havia comandado a Federação Baiana de Futebol (FBF) no início deste século.

Ednaldo Rodrigues será reeleito presidente da CBF nesta segunda-feira. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Desde 1979, quando a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) passou a ser conhecida como CBF, dez presidente passaram pelo cargo. Ricardo Teixeira, entre 1989 e 2012, foi o mais longevo à frente da entidade. O Estadão relembra a seguir as principais ações dos últimos homens à frente da presidência.

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Ednaldo Rodrigues

Atual presidente, Ednaldo assumiu o cargo, ainda de forma interina, em 2021, após afastamento de Rogério Caboclo por assédio sexual e moral. Em 2022, foi eleito, de fato presidente, se tornando o primeiro negro e nordestino a ocupar a principal cadeira da CBF. No entanto, até este ano, a eleição de Ednaldo passou por suspeitas de irregularidades. Foi deposto em 2023, e José Perdiz assumiu entre dezembro e janeiro.

Em sua gestão, Ednaldo, além de se tornar ainda mais próximo das federações estaduais, oficializou o título do Atlético-MG de 1937 como Campeonato Brasileiro, tornando assim o clube em tricampeão nacional e a primeira equipe campeã brasileira.

Rogério Caboclo

Caboclo assumiu como presidente da CBF após eleição de 2018, que encerrou o período em que a CBF viveu polêmicas nos tribunais com José Maria Marín, Marco Polo del Nero e Coronel Nunes. Do lado negativo, o grande marco da gestão de Rogério Caboclo se deu pela denúncia de assédio, que o afastou da presidência. Em 2023, foi declarado inocente, com o Supremo Tribunal Federal (STF) dando baixa em seu último processo.

Ricardo Teixeira

O mais longevo presidente da CBF, Teixeira esteve à frente da entidade nos dois últimos títulos mundiais, em 1994 e 2002, que a seleção conquistou. É também aquele que ficou marcado como responsável pelo acordo entre Nike e Brasil, um dos mais lucrativos do mundo, para a Copa do Mundo de 1998.

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Nos bastidores, antes de ser deposto em 2012, unificou os títulos brasileiros, entre 1959 e 1970, oriundos da Taça Brasil e do Troféu Roberto Gomes Pedrosa – o Robertão. Antes do título do Atlético-MG em 1937, o Bahia havia se tornado o primeiro campeão nacional, em 1959. A medida também tornou o Palmeiras e Santos, com oito conquistas à época, nos maiores campeões nacionais.

Omissões de rendimento e acusações de corrupção encurtaram o quinto mandato de Teixeira, que havia sido estendido até 2015, ainda em 2012. Antes disso, havia liderado a candidatura brasileira à Copa do Mundo de 2014 – vitoriosa em 2007, no governo Lula.