Ouro comestível? Ornamento que chamou a atenção em bife de Ronaldo no Catar sai por R$ 10 no Brasil

Folhas de ouro comestível 24 quilates são usadas para enfeitar comida, não têm gosto nem são absorvidas na digestão

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Foto do author Lucas Agrela
Atualização:

A carne com revestimento de ouro de R$ 9 mil que Ronaldo Fenômeno e jogadores da seleção brasileira comeram em um restaurante no Catar gerou todo tipo de críticas aos atletas. Mas o ouro comestível está longe de ser uma novidade.

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No Brasil, esse enfeite de ostentação pode ser encontrado com preços a partir de R$ 10 a cada folha. Em sites americanos, é possível encontrar ouro comestível em outros formatos, como em flocos ou em spray, com preços a partir de US$ 13.

O preço alto do bife tomahawk de ouro consumido pelos jogadores está menos associado ao ouro em si e mais ao fato de ser preparado por um chef famoso, Nusret Gökçe, mais conhecido como Salt Bae. Ele não é só famoso pelos pratos que prepara, mas também pelo preço que cobra por eles. Afinal, o bife tomahawk é vendido no Brasil por preços entre R$ 160 e R$ 240. Com a folha de ouro por cima, sairia por R$ 250. É em razão dos preços, inclusive, que o restaurante de Salt Bae já precisou chamar a polícia em diferentes ocasiões por causa de clientes que consideram o valor da conta da refeição abusivo.

O ouro comestível é feito a partir do próprio metal puro em câmara a vácuo, e seu uso mais comum é para enfeitar doces e bolos. O metal pode ser consumido de forma moderada sem causar problemas à saúde. O ouro comestível não é absorvido pelo organismo humano durante o processo digestivo. Uma das maiores empresas do ramo de produção de ouro comestível é a Giusto Manetti Battiloro, fundada em Florença, na Itália, em 1820.

Comer ouro parece ser estranho, mas basta olhar para a história para encontrar paralelos à carne vendida no Catar. No Egito antigo, há mais de 5 mil anos, os faraós acreditavam que consumir o metal era uma maneira de agradar os deuses.

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Outro efeito associado ao seu consumo era o rejuvenescimento e a vitalidade. Porém, esse também era um ato de ostentação de riqueza, um motivo que também levou os monarcas europeus a consumir ouro em banquetes.

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