SÃO PAULO - O atacante colombiano Pabon não esperava cair tão cedo nas graças da torcida são-paulina. Ele também não imaginava que seria titular em tão pouco tempo. "Sinceramente, não esperava isso. Ganhei muita confiança e creio que estou correspondendo dentro em campo. Acho que essa confiança é o que o jogador mais quer, e por isso mesmo precisa tentar responder de toda forma no campo", disse.Pabon chegou em fevereiro ao São Paulo e veio credenciado pelo faro de gol e bom chute. Até agora ele ainda não conseguiu acertar o pé - fez apenas um gol, de pênalti -, mas está tentando e isso arrancou elogios do técnico Muricy Ramalho. "Eu aproveito os chutes de meia distância, acho que pego forte na bola, mas trabalho para a equipe, pois sei que, se ela vence, todos ganham", explicou, negando ser individualista.O colombiano também não quer entrar em rota de colisão com o capitão Rogério Ceni. Sabe que o goleiro é o cobrador oficial de pênaltis da equipe, mas na partida contra o XV de Piracicaba, chamou a responsabilidade e fez a cobrança. Contra o Audax, nesta quarta-feira, não sabe se vai repetir a atitude. "Quando houver a possibilidade, estou pronto, mas quem cobra é ele. Vemos isso na hora do jogo", revelou.Pabon vem tentando aprender mais rapidamente a falar o português e garante que consegue entender muito bem os companheiros. "Mas quando falo rápido, é complicado me entenderem", afirmou, rindo. Ele lembra que tem tido uma boa relação com Luis Fabiano, que jogou muitos anos no Sevilla. "A gente conversa em espanhol, ele ficou seis anos lá e me entende bem", contou, torcendo para brilhar no Morumbi. "Estou muito bem aqui."
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