O pai do atacante da Internazionale de Milão e da seleção brasileira Adriano, Almir Ribeiro, de 45 anos, morreu nesta terça-feira. Até as 22 horas, agentes da 16ª Delegacia Policial, na Barra da Tijuca (zona oeste), não tinham informações sobre as circunstâncias da morte, aparentemente natural. Uma equipe de peritos foi enviada para o apartamento em que Almir morava, na Barra, onde o corpo foi encontrado pela mãe do jogador, Rosilda, que mora com os irmãos de Adriano em uma mansão no mesmo bairro. Desde 1992, Almir tinha uma bala alojada na cabeça. Ele foi atingido acidentalmente em uma troca de tiros entre policiais e criminosos da Favela Vila Cruzeiro, na Penha (zona norte), onde a família morava até se mudar, há quatro anos, para a Barra. Almir tomava remédios para controlar dores que sentia na cabeça devido ao projétil, localizado em uma área que tornava muito arriscada a realização de uma cirurgia para sua retirada. Almir morreu apenas nove dias depois de ter vibrado com a atuação do filho na vitória do Brasil sobre a Argentina na final da Copa América. Artilheiro do torneio com sete gols, Adriano marcou na partida decisiva e seu desempenho garantiu a presença do atacante no grupo principal, que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. A origem pobre de Adriano é sempre lembrada pelos familiares e pelo próprio jogador, que estava na Europa e chega nesta quarta-feira ao Rio para acompanhar o enterro do pai. A consagração do atacante na Copa América deixara Almir exultante. "Chegou a hora dele. Pelo menos, agora, o Brasil sabe que quando um dos Ronaldos faltar, tem o Adriano. E isso é só o começo", disse Almir à Agência Estado na véspera da decisão.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.