Análise | Estêvão dá nova vitória ao Palmeiras e prova ser um dos jogadores mais decisivos do Brasileirão

Jovem de 17 anos faz golaço e dá assistência para Rony marcar em triunfo sobre o Bahia que deixa põe o time paulista de volta na vice-liderança

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

Algo habitual nesta temporada, Estêvão decidiu novamente e conduziu o Palmeiras a nova vitória no Brasileirão. A joia de 17 anos fez um golaço e deu assistência para Rony fechar o placar no triunfo por 2 a 0 sobre o Bahia neste domingo à noite, no Allianz Parque.

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Envolvido na maior venda da história do futebol brasileiro, o garoto, que defenderá o Chelsea depois do Mundial de Clubes da Fifa, no meio do ano que vem, foi às redes em linda finalização de canhota nos acréscimos do primeiro tempo e deixou Rony à vontade para definir o resultado no início da etapa final. O time foi pressionado e conquistou a vitória também graças às defesas de Weverton e à deficiência do Bahia nas conclusões.

O resultado positivo em casa levou de volta o Palmeiras à vice-liderança do Brasileirão, mas foi por um tempo curto. O time tem os mesmos 30 pontos do Botafogo e está na terceira posição, abaixo do rival carioca, por ter saldo de gols inferior. O líder é o Flamengo, que tem 31 pontos e tropeçou na rodada ao empatar com o Cuiabá em casa.

Foi equilibrado e de propostas e estágios diferentes dos times o primeiro tempo no Allianz Parque. O Palmeiras teve mais a bola na primeira parte, se armou para atacar com objetividade e, nas vezes em que levou perigo, teve a participação de Estêvão, ainda que o jovem astro palmeirense estivesse sempre perseguido de perto.

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Rony, muito contestado, até que se entendeu bem com Flaco López. Foi do camisa 10 um cruzamento na medida para o centroavante cabecear. Ele torceu e viu a bola passando rente à trave. Depois, Rony mandou para as redes ao pegar rebote de finalização de Raphael Veiga, mas estava impedido. O gol, então, foi anulado.

Estêvão decidiu de novo em vitória do Palmeiras no Brasileirão Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O Bahia esfriou a pressão dos donos da casa com seu estilo de jogar bem definido: toque curtos, rápidos do goleiro ao atacante, envolvendo a marcação. Deu certo em alguns momentos, mas faltou eficácia aos baianos. Na melhor oportunidade, Thaciano deixou Jean Lucas na cara do gol. Completamente livre, ele chutou pra fora diante de Weverton.

Se os visitantes perderam a sua melhor chance, os donos da casa não perdoaram nos acréscimos da etapa inicial. No contra-ataque, Estêvão foi lançado, correu cerca de 40 metros desde o campo de defesa e, entre tocar para Rony e finalizar, fez a melhor escolha: acertou um bonito chute no “bochecha” da rede para abrir com um golaço o placar no Allianz Parque.

No segundo tempo, o panorama se manteve: técnico, o Bahia trocava passes curtos e com facilidade e o Palmeiras se defendia. Ocorre que os baianos não encontraram facilidade para finalizar e, quando havia brecha, falharam nas conclusões, diferentemente do time paulista. Liderados pelo jovem gênio Estêvão, os donos da casa ampliaram e passaram a estar mais confortáveis.

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O segundo gol teve nova participação de Estêvão. O garoto de 17 anos deu a assistência para Rony ir às redes e comemorar a la Paulo Nunes, resgatando a máscara de porco, tão conhecida pelos palmeirenses no fim dos anos 1990. Artilheiro da equipe no Brasileirão, o jovem cansou e deu lugar a Marcos Rocha, escolhido por Abel Ferreira para dobrar a marcação pelo lado direito da defesa palmeirense.

Irritado, Rogério Ceni fez trocas. O Bahia insistiu, quase sempre pelo lado esquerdo do ataque, e criou ao menos para marcar uma vez. Mas deixou o treinador furioso com tantos gols perdidos. Ou a pontaria falhou, ou, quando a bola foi em direção ao gol, Weverton apareceu para salvar o Palmeiras em mais de uma ocasião.

PALMEIRAS 2 X 0 BAHIA

  • PALMEIRAS: Weverton; Mayke (Caio Paulista), Gómez, Vitor Reis e Piquerez; Aníbal Moreno, Gabriel Menino (Fabinho) e Raphael Veiga; Estêvão (Marcos Rocha), Rony (Vanderlan) e Flaco López (Luighi). Técnico: Abel Ferreira.
  • BAHIA: Marcos Felipe; Gilberto, Gabriel Xavier, Kanu, Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas (Yago Felipe), Everton Ribeiro (Carlos de Pena), Cauly (Estupiñán); Thaciano (Ademir) e Everaldo (Biel). Técnico: Rogério Ceni.
  • GOLS: Estêvão, aos 48 minutos do primeiro tempo. Rony, aos 15 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Jonathan Benkenstein Pinheiro.
  • CARTÕES AMARELOS: Kanu, Rony
  • PÚBLICO: 40.198 torcedores.
  • RENDA: R$ 3.247.958,17.
  • LOCAL: Allianz Parque.
Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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