Palmeiras conquista o bi no Brasileirão e soma 12º título nacional com empate diante do Cruzeiro

Endrick marca em jogo da conquista e conjunto alviverde solta o grito de ‘campeão’ no Mineirão

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Foto do author Marcos Antomil
Atualização:

Um campeonato com enredo épico, digno do torneio mais disputado do mundo. Quando não restavam mais dúvidas sobre o título voltar para as mãos do Botafogo após 28 anos, um declínio vertiginoso do time alvinegro colocou o Palmeiras de volta à batalha. Imponência, equilíbrio e força mental falaram mais alto e fizeram o clube alviverde erguer sua 12ª taça do Campeonato Brasileiro.

No Mineirão, nesta quarta-feira, dia 6, o Palmeiras fez uma exibição típica de um time que pouco precisava fazer para soltar o grito de ‘campeão’. Endrick foi novamente o melhor palmeirense em campo e marcou seu 11º gol neste Brasileirão. O Cruzeiro reagiu no segundo tempo e conquistou o empate. O placar de 1 a 1 foi resultado suficiente para as pretensões de ambos: o título alviverde e a vaga celeste na próxima edição da Copa Sul-Americana.

Leila Pereira e Ednaldo Rodrigues carregam taça do Brasileirão. Foto: Cris Mattos/ Reuters

Este foi o quarto bicampeonato do Palmeiras no torneio nacional (1967/67, 1972/73, 1993/94 e 2022/23). De quebra, Abel Ferreira se torna o segundo treinador com mais títulos na história do clube alviverde (nove), superando Vanderlei Luxemburgo e ficando a um troféu de Oswaldo Brandão. O português ainda se torna o técnico estrangeiro com mais títulos no País e o único com dois canecos do Brasileirão.

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A temporada 2023 se encerra para o Palmeiras com três troféus erguidos: Supercopa do Brasil, Paulistão e Brasileirão. O time arrecadou por seu desempenho nas competições do ano um total de R$ 134,5 milhões, somando valores das disputas da Libertadores, Copa do Brasil e bônus pagos pela patrocinadora.

Palmeiras conquistou seu 12º título do Brasileirão nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. Foto: Cris Mattos/ Reuters

O jogo começou mais estudado, com as duas equipes se articulando para encontrar brechas. Mas o Palmeiras foi quem chegou com mais perigo primeiro, em chute de Endrick defendido por Rafael Cabral. O Cruzeiro deixou a timidez de lado e começou a criar, optando por jogadas mais centrais às costas dos volantes.

Endrick foi o nome do Palmeiras no primeiro tempo. Após concluir outras oportunidades, viu a bola balançar as redes após ganhar um “presente” de Lucas Silva. O jovem de 17 anos ficou cara a cara com o goleiro cruzeirense, que ainda defendeu na primeira chance, mas o atacante não perdoou e abriu o placar aos 21.

Endrick comemora primeiro gol no jogo com o Cruzeiro no Mineirão. Foto: Cris Mattos/ Reuters

A vantagem no marcador permitiu ao Palmeiras relaxar e baixar suas linhas. O Cruzeiro foi em busca do empate e deu alguns sustos em Weverton. Tudo sendo observado por Ronaldo. O conjunto celeste demonstrou agilidade e objetividade em campo. Os donos da casa aceleravam as jogadas e trabalhavam com tabelas para fugir da marcação palmeirense.

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O apito final da etapa inaugural frustrou o Cruzeiro, que estava mais perto do empate. O Palmeiras fez um jogo pragmático nos 45 minutos iniciais, semelhante às partidas que sustentaram a arrancada que culminou no título. O objetivo traçado por Abel foi cumprido, tendo Endrick como o principal atleta em campo.

Endrick foi o grande destaque do Palmeiras no primeiro tempo. Foto: Douglas Magno/ AFP

Na volta do intervalo, Abel não fez alterações. A grande diferença foi na postura do Cruzeiro, que passou a marcar com mais intensidade a saída de bola do Palmeiras. O time celeste, no entanto, reforçou o mesmo defeito apresentado ao longo dessa edição do Brasileirão: a enorme dificuldade em marcar gols.

O Palmeiras teve muitos problemas para se encontrar no segundo tempo. Nem mesmo as descidas esporádicas ao ataque encontravam as mesmas condições favoráveis. Veiga era o único com fôlego e brilhantismo. A queda de desempenho exigia uma alteração no time alviverde. Abel fez as primeiras mexidas apenas aos 23 minutos. Endrick e Breno Lopes deram lugar a Flaco López e Artur. Mais tarde, o português pôde promover a estreia do garoto Estevão, de 16 anos, apontado como a nova joia palmeirense. O time não precisava fazer muito, mas não queria perder.

O jogo ficou devendo em emoção de uma final, mas o sentimento de seu torcedor não mudou, confiante e fazendo festa. Rafael Cabral e Weverton pouco atuaram na etapa complementar. Os chutes arriscados passavam longe do gol. Mas a entrada de Nikão na vaga de Lucas Silva tornou o Cruzeiro mais ofensivo. E a resposta prática veio rapidamente. Aos 34 minutos, o meia fez o gol de empate em um chute rasteiro em jogada desenhada por Matheus Pereira. O Palmeiras ainda tentou se recolocar em vantagem, mas o placar não foi alterado novamente.

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Foi um jogo pragmático de um time que nem precisava ganhar o último jogo para ser campeão.

CRUZEIRO 1 x 1 PALMEIRAS

  • CRUZEIRO: Rafael Cabral; William, João Marcelo, Luciano Castán e Marlon (Kaiki); Ian Luccas (Fernando Henrique), Lucas Silva (Nikão), Japa e Matheus Pereira; Bruno Rodrigues e Arthur Gomes (Robert). Técnico: Paulo Autuori.
  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez e Murilo; Mayke (Estevão), Richard Ríos (Atuesta), Zé Rafael (Fabinho) e Vanderlan; Raphael Veiga, Breno Lopes (Artur) e Endrick (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.
  • GOLS: Endrick, aos 21 minutos do primeiro tempo; Nikão, aos 34 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Anderson Daronco (Fifa-RS).
  • CARTÕES AMARELOS: Lucas Silva e Richard Ríos.
  • PÚBLICO: 44.190 presentes.
  • RENDA: R$ 1.675.735,00.
  • LOCAL: Mineirão.
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