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Palmeiras prevê receita de R$ 700 milhões em 2023 e venda com jogadores de R$ 182 millhões

Clube espera ter superávit de R$ 13 milhões no próximo ano, quando venda de Endrick entra nas contas; diretoria também deseja alavancar programa de sócio- torcedor

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Por Redação
Atualização:

O Palmeiras trabalha com uma previsão de receita para 2023 de R$ 700 milhões, inferior ao que fez na temporada de 2021, quando bateu na casa dos R$ 900 milhões. A estimativa de 2022 é de fechar o ano com R$ 750 milhões, portanto, menor também do que a estimativa para os próximos 12 meses. Com toda a movimentação de suas contas no próximo ano, o clube espera ainda ter um superávit de R$ 13 milhões. O Palmeiras tem batido suas expectativas e metas. Seus números são considerados conservadores. A venda do atacante Endrick não está nesse planejamento, o que joga para cima seu faturamento e o montante destinado com o repasse de atletas. O dinheiro do Real Madrid entra nas contas do clube brasileiro no próximo ano fiscal.

Somente com direitos de transmissão dos jogos na TV, o Palmeiras espera arrecadar R$ 165 milhões. As TVs pagam os clubes ao longo da temporada. O time não ganha tudo de uma única vez. O segundo semestre costuma ser mais rico do que o primeiro. A estimativa de receita com seu programa de sócio-torcedor gira em torno de R$ 54 milhões. O Palmeiras tem levado muitos torcedores ao Allianz Parque, de modo a contar com casa cheia ou perto de sua lotação máxima em quase todas as partidas. Espera repetir esse desempenho.

Dinheiro da venda de Endrick ao Real Madrid vai entrar nas contas do clube em 2023.  Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

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Há um trabalho em marcha também na parte social do clube, com mais participação de seus associados. Há alguns anos, o Palmeiras já atrai sócios com suas atividades no clube, restaurantes e lanchonetes. Muitas dessas áreas passaram por reformas, como quadras e salas esportivas. Há ainda uma receita que diz respeito às possíveis conquistas do time de futebol, com as premiações hanhas. O valor estimado é de R$ 40 milhões. Se ganhar a Copa do Brasil, por exemplo, esse valor é dobrado, porque o prêmio da competição nacional costuma ser de R$ 80 milhões ao campeão.

O clube tem reduzido sua dívida com seus credores, como a Crefisa, sua patrocinadora, de modo a usar parte do dinheiro arrecadado nas últimas temporadas para isso. A presidente Leila Pereira sempre disse que iria comandar o Palmeiras da mesma forma que comanda suas empresas. E tem feito isso. A dívida do clube com a Crefisa era de R$ 130 milhões e já teria baixado para R$ 85 milhões, portanto, dentro da receita de uma temporada do clube.

Há uma intenção ainda de reduzir a folha de pagamento do futebol profissiona. Apenas os jogadores consagrados, como Dudu, recebem salários mais altos. Boa parte do elenco assinou contrato por valores entre R$ 200 mil e R$ 300 mil por mês. Há gatilhos de premiações que podem elevar esses rendimentos. O Palmeiras estima gastar quase R$ 70 milhões com o pagamento de jogadores e comissão técnica em 2023. Isso daria uma folha mensal de quase R$ 6 milhões.

A renovação do contrato do atacante Dudu pode jogar essa conta para cima. Dudu, Raphael Veiga e Weverton são os mais bem pagos do clube.

A previsão orçamentária do Palmeiras não contempla nenhuma outra fonte de receita das já existentes. O time de futebol ainda é o carro-chefe da arrecadação. Competições como Libertadores e Copa do Brasil pagam bem a cada fase vencida, o que tem ajudado o clube com suas receitas, mesmo a despeito de o Palmeiras não ter ganho as duas competições nesta temporada.

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