Veja como foi o encontro de Mayke e Willian Bigode em meio à polêmica das criptomoedas

Adversários em disputa judicial, jogadores se enfrentaram em clássico deste domingo entre Palmeiras e Santos

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Por Redação
Atualização:

O lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e o atacante Willian Bigode, do Santos, adversários em disputa judicial no rumoroso caso das criptomoedas, ficaram cara a cara em campo neste domingo, dia 28, durante o tradicional cumprimento entre as equipes no Allianz Parque, palco do vitória palmeirense, por 2 a 1, em clássico válido pela terceira rodada do Paulistão. Quando se encontraram, os dois jogadores apertaram as mãos normalmente e trocaram tapinhas no peito.

O momento foi proporcionado por mudanças realizadas pelos treinadores em suas equipes. Mayke foi desfalque do Palmeiras na rodada passada, na vitória por 3 a 2 sobre a Inter de Limeira, por causa de dores musculares, mas se recuperou e voltou ao time de Abel Ferreira. Willian, por sua vez, foi escalado como titular pela primeira vez pelo técnico Fábio Carille.

O reencontro em campo, após a polêmica das criptomoedas, já havia acontecido em novembro do ano passado, quando o atacante jogava pelo Athletico-PR, mas ele entrou apenas no fim do segundo tempo, portanto não participou do cumprimento entre as equipes no gramado.

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Willian é acusado por Gustavo Scarpa e Mayke, seus ex-companheiros de time na época em que defendeu o Palmeiras, de ter envolvido ambos os jogadores num suposto golpe financeiro. Scarpa e Mayke dizem que sofreram prejuízo de R$ 10 milhões, no total, ao investirem em criptomoedas por sugestão de Bigode e sua empresa. Ao ser apresentado como reforço do Santos, no início deste mês, o atacante comentou sobre o caso.

“Vou ser bem direto e bem objetivo. Este é um assunto que se trata externamente. Realmente, é uma situação que nunca passei nem próximo. É uma situação de muita tristeza para mim, é um constrangimento muito grande. Mas tem toda uma equipe aí resolvendo isso”, afirmou.

Willian Bigode foi escalado como titular por Fábio Carille para encarar o Palmeiras. Foto: Raul Baretta/ Santos FC

Entenda o caso

Scarpa e Mayke acionaram Willian Bigode na Justiça na tentativa de reaver os investimentos feitos. O processo movido pela dupla aponta que partiu de Willian Bigode e de sua sócia Camila Moreira de Biasi a sugestão de investimentos na XLand, que ofereceria uma rentabilidade de 2% a 5% sobre o valor investido. Scarpa aplicou R$ 6.300.000,00, enquanto Mayke e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4.583.789,31.

Os problemas com a XLand começaram em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da XLand. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido. Os investimentos estariam assegurados em pedras de alexandrita.

Após seguidos contatos com os sócios da XLand, Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento, com Willian e Camila e um coach de gestão financeira, Marçal Siqueira, que tinha parceira com a empresa, Scarpa e Mayke procuraram seus advogados e registraram um Boletim de Ocorrência. Desde então, o processo corre na Justiça paulista, ainda sem decisões proferidas sobre culpabilidade dos réus. Desde que iniciou o processo por causa do investimento em criptomoedas, Scarpa e Mayke não conseguiram reaver nenhum centavo.

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No último dia 17, o juiz Danilo Fidel de Castro, da 10ª vara cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, atendeu um pedido dos advogados de Gustavo Scarpa, hoje no Atlético-MG, para solicitar à Polícia Federal informações sobre a verificação do valor e origem dos 20,8 kg de pedras de alexadritas, que eram usadas pela XLand, empresa acusada de causar prejuízo de milhões ao jogador, como garantia para os investimentos em criptomoedas. Mayke teria pedido também que o Santos depositasse parte do salário de Bigode na Justiça.

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