Paraná ignora infecção e goleia Flamengo

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Por Agencia Estado
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Nem uma indisposição estomacal que afetou grande parte dos jogadores do Paraná evitou a derrota do Flamengo, por 3 a 0, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro não soube aproveitar o fato de o adversário estar debilitado e continua sem vencer a equipe paranaense no Rio. Aliás, a única vitória carioca ocorreu em 1996 no estádio do Paraná. A partida correu sério risco de ser adiada. Isto porque 11 dos 18 jogadores que integravam a delegação do Paraná amanheceram com um problema intestinal. Os dirigentes paranaenses pensaram em fazer um pedido para o adiamento. O diretor do Departamento Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio, chegou a dizer que tal fato seria possível, embora o regulamento da competição não trate deste tipo de situação. "Se um médico que não seja do Paraná atestar que os jogadores estão sem condições de jogo, então a partida pode ser disputada na noite de segunda-feira", afirmou Virgílio. Os dirigentes do Flamengo, porém, diziam que o time carioca entraria em campo mesmo que os paranaenses se recusassem a comparecer ao Maracanã. "Não sabemos de nada. Queremos ganhar e creio que eles têm atletas suficientes para atuar", disse o vice-presidente de Futebol do Rubro-Negro, Eduardo Morais. Horas depois da divulgação do problema estomacal dos jogadores do Paraná, em uma reunião entre dirigentes, membros da comissão técnica e os próprios atletas, ficou decido que o elenco seguiria para o Maracanã. "O Junio Cesquim (médico do clube) deu condições de jogo a todos e eles querem, na sua esmagadora maioria, atuar", afirmou o vice-presidente de Futebol do Paraná, José Domingos. A delegação paranaense chegou ao Rio no fim da tarde de sábado e os jogadores fizeram um lanche. Um outro, que ocorreu à noite, é o que provavelmente causou a indisposição estomacal. Apesar do imprevisto, o Paraná entrou em campo disposto a manter a escrita de nunca ter sido derrotado pelo Flamengo no Maracanã. Com um maior domínio da posse de bola, os paranaenses envolviam o meio-de-campo carioca. Parecia que os jogadores rubro-negros é que haviam sofrido problemas de saúde. A melhor oportunidade do Paraná aconteceu após uma cobrança de falta. A bola sobrou para Marquinhos que acertou a trave. O Flamengo tinha dificuldades para chegar no ataque e esbarrava numa forte marcação. Na única vez que conseguiu fugir dos zagueiros, o atacante Edílson só não abriu o placar porque o goleiro Flávio evitou o gol. Aos 30 minutos, o zagueiro Fernando, que já tinha recebido cartão amarelo, fez falta em Renaldo e foi expulso. No segundo tempo, logo no primeiro ataque, Renaldo chutou e o goleiro Júlio César salvou. Aos 9 minutos, o inevitável aconteceu. O meia Fernandinho recebeu dentro da área e finalizou no canto, marcando para o time paranaense. Com um jogador a menos, o Flamengo tentava, na base da raça, o empate. Mas foi o Paraná quem quase ampliou. Júlio César falhou ao tentar sair jogando e Marquinhos desperdiçou a chance. Aos 36, porém, Fábio Baiano cometeu pênalti em Caio. Renaldo cobrou e ampliou. Nos descontos, veio o golpe final. Marquinhos, ex-jogador do Rubro-Negro, deu números finais ao jogo.

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