Paulinho veste a 7, considera ser ‘homem-gol’ e revela por que escolheu o Palmeiras após 3 ofertas

Reforço mais importante do clube para 2025, atacante diz se inspirar em Edmundo e não tem data para estrear: ‘Recuperação avançou, mas não tenho prazo para voltar a jogar’

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

A mais importante reforço do Palmeiras para 2025 até o momento se apresentou nesta quinta-feira na Academia de Futebol. Paulinho herdou a 7, que foi de Dudu por quase uma década, revelou ter conversado com Abel Ferreira antes mesmo de assinar o contrato e e contou que foi procurado pelo time alviverde outras duas vezes antes de aceitar a proposta do clube paulista.

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O Palmeiras primeiro procurou o jogador em 2021, quando ele se preparava para disputar a Olimpíada de Tóquio. Mas naquela época ele havia acabado de se recuperar de lesão e queria voltar a jogar com regularidade, ao menos uma temporada inteira, pelo Bayer Leverkusen. O clube paulista voltou a consultar o atleta no fim de 2022, quando seu contrato com a equipe alemã terminou e ele tinha o desejo de retornar ao Brasil. Ocorreu, porém, que o Atlético Mineiro chegou primeiro e levou o atleta.

“O Palmeiras veio depois, apareceu primeiro o Atlético, estava apalavrado com o Rodrigo Caetano. Ficamos felizes com o interesse do Palmeiras”, contou o atacante de 24 anos, que considera este momento o ideal para ter aceitado a proposta palmeirense e ter sido protagonista da compra mais cara da história do Palmeiras - R$ 118 milhões. “Aconteceu agora, no momento certo”.

Paulinho veste a camisa 7 no Palmeiras Foto: Fabio Menotti/Palmeiras

Lesionado

Ele ainda não estreou na temporada porque se recupera de cirurgia na perna direita. A operação foi feita em dezembro porque sofreu uma fratura na tíbia por estresse. Em março, tive um choque no tratamento, magoou a estrutura óssea da canela. Passou um tempo, uns dois meses, e comecei a sentir uma dor. A cada semana que passava, a dor aumentava. Os médicos me alertavam que poderia ser uma lesão por estresse”, explicou o jogador. As dores aumentaram tanto que ele só continuou jogando pelo Atlético à base de injeções.

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“Eu conseguia jogar e treinar, só que ficou insuportável, tive que tomar injeções e depois disso não consegui jogar sem injeção. Só treinava na véspera dos jogos. Isso acabou meu rendimento na parte física, na parte técnica nem tanto, porque acho que tive bons números. Mas me atrapalhou muito, no final da temporada estava insuportável a dor e havia a cobrança para estar em campo jogando”

O atleta não sente mais dores, mas prefere não estipular um prazo para retornar aos gramados.

Já estou operado, não sinto dor nenhuma. Tive que respeitar o processo de cicatrização. Fiz exames e tive o aval para avançar na recuperação. Não tenho um prazo específico para jogar, mas a recuperação avançou muito e acredito que em breve vou poder voltar a jogar.

Paulinho, atacante do Palmeiras.

Autor de 50 gols com a camisa do Atlético Mineiro nos últimos dois anos, o novo camisa 7 pode ser também um camisa 9. Ele se considera um artilheiro e afirmou que se sente mais confortável como um segundo atacante, jogando sempre perto do gol. “Com certeza posso ser homem-gol”, garantiu. “Uma das mudanças principais quando voltei ao Brasil foi a posição. O (Eduardo) Coudet queria contar comigo como um segundo atacante, e foi a partir dali que efetivamente passei a jogar como um atacante”, disse ele.

O atacante diz trazer ao Palmeiras “potência”, capacidade de atacar os espaços”. “Não jogo tanto como um 9, um centroavante, mas como um atacante com liberdade, que pode atacar dos dois lados, atacar a última linha e estar sempre finalizando ao gol”.

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Paulinho disse se inspirar em Edmundo, um dos ídolos do Palmeiras. Ele tem um irmão chamado Romário e quase se chamou Edmundo, aliás. Seu irmão, pai e mãe acompanharam a entrevista coletiva nas primeiras cadeiras da sala, orgulhosos. Depois, foram abraçar o jogador.

“Romário, meu irmão, é mais velho que eu. Quando nasci, minha mãe queria por meu nome de Edmundo por raiva”, disse o atacante, rindo. “É um cara que sempre me inspirou pela forma de jogar, por querer ganhar títulos. Tem outros jogadores também, o Cristiano Ronaldo, que fez parte da minha infância. Vim pra ser feliz, buscar os títulos, os objetivos coletivos e se possível os individuais também”.

Perguntado sobre Neymar, estrela que acertou seu retorno ao Santos após 12 anos, ele foi sucinto na resposta. “Não o conheço, nunca joguei contra, mas eu sei que por muitos anos é a maior referência que temos no futebol brasileiro”.

Maior desafio?

“O maior desafio é sempre o próximo passo que a gente dá. Hoje é um momento único. Estou no melhor clube do Brasil, é o melhor clube dos últimos 11 anos. Muito tranquilo e confiante em relação ao que posso entregar. Tem tudo pra dar certo. Quando as coisas boas se unem tem tudo pra dar certo. Ansioso para estar em campo logo”.

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Estrutura do Palmeiras

“Vi algo completamente diferente do que estou acostumado, até falando mesmo de Europa. Não tinha a mesma organização do que vi aqui. A atenção com os jogadores aqui é surreal, não tinha visto em clube nenhum. Palmeiras não é o melhor clube do Brasil à toa. Aconteceu muito por causa da estrutura e da organização interna”.

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