O técnico Paulo Bento encerrou seu ciclo sob o comando da Coreia do Sul nesta segunda-feira, após derrota por 4 a 1 para o Brasil, resultado que eliminou a seleção asiática da Copa do Mundo. Em coletiva depois da partida, o português confirmou que não dará sequência ao trabalho, decisão que já havia tomado em setembro, mas que ainda não estava oficializada.
“Meu futuro não passa pela seleção. Vou descansar e depois logo verei o que farei. Acabei de comunicar aos jogadores e ao presidente. É uma decisão que tinha tomado desde setembro. Hoje só confirmei. Agradeço tudo o que fizeram. Não posso estar mais satisfeito e orgulhoso de os ter treinado”, afirmou.
Com passagens pela seleção portuguesa e por Sporting, Olympiacos e Cruzeiro, Bento foi anunciado como treinador da Coreia do Sul em agosto de 2018, após a Copa da Rússia, onde os sul-coreanos, então comandados por Shin Tae-Yong, foram eliminados ainda na primeira fase.
Na atual edição, o técnico ajudou a equipe a se classificar em segundo lugar do Grupo H, com direito a uma vitória por 2 a 1 sobre sua nação, Portugal. Antes, somou uma derrota por 3 a 2 para Gana e um empate sem gols com o Uruguai. A campanha é motivo de orgulho para o português.
“O que fizemos durante a fase de grupos foi muito bom em termos de qualidade de jogo. Fomos às oitavas pela terceira vez da história da seleção. Não consigo descrever de outro maneira aquilo que sinto. Foi um processo longo, mas extraordinário, que não acontecia há algum tempo, um treinador desde o começo levar a Coreia até um Mundial. Fomos corajosos, fomos fiéis a um estilo de jogo. Não posso estar mais satisfeito e orgulhoso”, celebrou.
Sobre a derrota para o Brasil, jogo em que a Coreia do Sul foi completamente dominada ainda no primeiro tempo, Bento disse que o adversário mereceu vencer. “Acabou de forma justa. Dentro de uma estratégia de ter algum controle do jogo, não conseguimos fazer, nos dificultou muito a tarefa. A eficácia do Brasil. Creio que o que fizemos neste Mundial foi motivo para me deixar orgulhoso, assim como todo o processo que tivemos durante pouco mais de quatro anos”, comentou.
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