O ex-jogador Paulo Roberto Falcão foi acusado por suspeita de importunação sexual. O registro foi feito por uma funcionária do apart hotel onde mora em Santos, no litoral de São Paulo. Ele era coordenador técnico do Santos desde novembro de 2022, mas deixou o clube no começo da noite desta sexta-feira.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a vítima, de 26 anos, registrou a ocorrência nesta sexta-feira e prestou depoimento. O órgão afirma que ainda serão feitas diligências para apurar o fato. E ainda diz que não vai divulgar detalhes sobre o registro por se tratar de uma investigação de crime sexual.
O Código Penal aponta que importunação sexual é “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. Isso é entendido como um ato sexual sem o consentimento da vítima. A pena para este crime é de um a cinco anos de reclusão.
Falcão tem carreira internacional
Paulo Roberto Falcão, 69 anos, já foi jogador, comentarista e técnico antes de assumir função de gestão. Ele estreou no futebol pelo Internacional, em 1973. No Inter, foi tricampeão brasileiro, em 1975, 1976 e 1979. Em 1980, Falcão foi para a Roma, da Itália. Ele se aposentou em 1986, quando defendia o São Paulo. Entre 1976 e até sua aposentadoria, o jogador era assíduo nas listas de convocação da seleção brasileira.
Em 1990, Falcão assumiu a seleção. Depois treinou o América do México, Internacional, Bahia, Sport e Japão, além de ter atuado como comentarista esportivo. Em 2022, ele assumiu o cargo coordenador esportivo do Santos. Desde 2003, Falcão é casado com a apresentadora Cristina Ranzolin, da RBS TV, afilhada da Rede Globo no Rio Grande do Sul.
Em nota, Falcão afirma que deixou o cargo no Santos “em respeito à torcida diante do desempenho do time” e não devido à acusação. O agora ex-coordenador do clube nega a denúncia, afirmando que a importunação sexual “não aconteceu.
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