Perrella descarta volta ao Conselho do Cruzeiro e ataca presidente: 'Biruta de aeroporto'

Demitido do cargo de gestor de futebol, ex-dirigente critica duramente a gestão e a postura do mandatário cruzeirense

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Por Redação
Atualização:

Demitido do cargo

de gestor do futebol do

Cruzeiro dias depois do time ser rebaixado no Campeonato Brasileiro

,

Zezé Perrella

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atacou nesta quinta-feira o

presidente Wagner Pires de Sá

. O dirigente se declarou surpreso com a decisão do mandatário do clube, especialmente porque havia conversado sobre essa possibilidade na última quarta, em uma reunião em que defendeu a renúncia de Wagner, a sua própria saída e a realização de novas eleições. Mas, segundo sua versão, foi demovido da ideia. Um dia depois, acabou sendo desligado.

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"Fiquei surpreso com a decisão, porque ele é uma biruta de aeroporto. Cada hora ele fala uma coisa. Mas ele tem direito. Foi eleito para isso. Inclusive na reunião de ontem, eu sugeri ao presidente Wagner que renunciasse. Falei 'Wagner, eu não quero continuar no clube, vamos convocar eleições gerais no clube, inclusive para a presidência do Conselho, e você renuncia. Sua presença hoje não é boa para o Cruzeiro'. Ele disse que não renunciaria e, junto de outras pessoas, me convenceram a ficar. Então é uma coisa inexplicável", disse Perrella, em entrevista coletiva.

Perrella descarta volta ao Conselho do Cruzeiro e ataca presidente Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro

Perrella havia estava à frente da gestão do futebol há apenas dois meses, em meio a turbulências no Cruzeiro, dentro e fora dos gramados, que culminaram no rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro no último domingo. Para sucedê-lo no cargo de gestor do futebol, Márcio Rodrigues foi o escolhido por Wagner.

Perrella, com longo histórico de atuação no clube, já havia deixado o cargo de presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro na terça-feira. Ao se licenciar da função, ele alegara que pretendia se dedicar exclusivamente à gestão do futebol do clube mineiro. José Dalai Rocha assumira a função de presidente do conselho. E mesmo com a demissão, descartou a possibilidade de retornar ao cargo.

"Eu não volto para a presidência do Conselho, porque parece que estou retaliando, porque o Wagner me desligou. Eu não gostaria de comandar esse processo. Dalai é uma figura absolutamente equilibrada. E a conversa que eu tive com o Dalai antes, ele vai colocar em votação para afastamento do senhor Wagner e de seus dois vice-presidentes. O Conselho que vai decidir. Se o Conselho achar que o trabalho está maravilhoso, que o Cruzeiro não tem nenhum problema, que continuem. Se entenderem que tem que sair, que saiam logo, para a paz voltar para o Cruzeiro. Eu não volto ao futebol, mas precisamos fazer isso urgente. Cara nova, que não tem desgaste. O Cruzeiro tem que ter paz", disse.

Responsável pela contratação do técnico Adilson Batista, que dirigiu o Cruzeiro nas últimas três rodadas do Brasileirão, Perrella disse não saber se o treinador permanecerá no clube após a sua demissão.

"Conversei rapidamente com o Adilson, porque ele foi convidado por mim. Não sei se o novo diretor vai reafirmar esse convite para ele. Se for, vai decidir. Eu acho que, se ele entender que vai contribuir, seria um grande nome para esse trabalho de reestruturação que tem que acontecer", comentou.

Perrella voltou a comentar sobre o futuro de Thiago Neves, afastado por ele do grupo após ser visto em uma festa quando estava lesionado. O dirigente atacou a falta de comprometimento do jogador.

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"O Thiago Neves é um empregado do clube. Eu não respondo a ele. Ele fez o que se propôs. Ele sequer apareceu no vestiário no jogo contra o Palmeiras. Se o novo diretor de futebol quiser aproveitar, o problema é dele", afirmou.

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