A Polícia Federal investiga um esquema de desvios de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que tem jogadores de futebol como vítimas. Ao comunicar que a operação foi deflagrada, na terça-feira, a instituição não revelou nomes dos atletas afetados, mas, de acordo com o G1, a investigação foi iniciada após o atacante peruano Paolo Guerrero denunciar, em 2022, um saque fraudulento de seu FGTS, no valor de R$ 2,3 milhões, descoberto por ele ao tentar sacar o saldo referente à sua rescisão de contrato com o Internacional, assinada no final de 2021. A reportagem do Estadão tenta contato com o estafe do jogador, mas não obteve retorno até a publicação
Ao tomar conhecimento do caso de Guerrero, atualmente jogador do Cesar Vallejo, a PF iniciou uma operação para investigar o caso e descobriu a existência de uma quadrilha que age há cerca de 10 anos. De acordo com a PF, o grupo criminoso é formado por pessoas que já trabalharam no meio do futebol como agentes ou empresários de atletas.
No caso do atacante peruano, o saque teria sido feito após um homem se passar por seu agente, exibindo documentos falsos. Ainda segundo o G1, o dinheiro foi transferido para uma conta falsa em nome do jogador, antes de ser objeto de mais duas transferências. Parte do dinheiro foi bloqueada, por ordem judicial, e a Caixa Econômica Federal deve ressarcir o peruano.
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A operação, denominada Fake Agents, cumpriu seis mandados de busca na região metropolitana de São Paulo, durante a última terça-feira. Os responsáveis responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falso e associação criminosa, na medida de sua culpabilidade. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.
O nome escolhido para a operação é uma referência a uma campanha internacional de conscientização sobre os riscos apresentados por falsos agentes a jovens jogadores. Tal movimento foi lançado pelo ex-atacante Didier Drogba, hoje Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Esporte e Saúde.
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