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PF investiga esquema de fraude no FGTS de jogadores após golpe sofrido por Guerrero

Atacante peruano teve R$ 2,3 milhões sacados de maneira fraudulenta e fez denúncia que desencadeou a operação, deflagrada na terça-feira

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Por Redação
Atualização:

A Polícia Federal investiga um esquema de desvios de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que tem jogadores de futebol como vítimas. Ao comunicar que a operação foi deflagrada, na terça-feira, a instituição não revelou nomes dos atletas afetados, mas, de acordo com o G1, a investigação foi iniciada após o atacante peruano Paolo Guerrero denunciar, em 2022, um saque fraudulento de seu FGTS, no valor de R$ 2,3 milhões, descoberto por ele ao tentar sacar o saldo referente à sua rescisão de contrato com o Internacional, assinada no final de 2021. A reportagem do Estadão tenta contato com o estafe do jogador, mas não obteve retorno até a publicação

Ao tomar conhecimento do caso de Guerrero, atualmente jogador do Cesar Vallejo, a PF iniciou uma operação para investigar o caso e descobriu a existência de uma quadrilha que age há cerca de 10 anos. De acordo com a PF, o grupo criminoso é formado por pessoas que já trabalharam no meio do futebol como agentes ou empresários de atletas.

Guerrero descobriu ter sido vítima de golpe ao tentar sacar FGTS, em 2022, após rescindir contrato com o Inter. Foto: Ricardo Duarte/ Inter

No caso do atacante peruano, o saque teria sido feito após um homem se passar por seu agente, exibindo documentos falsos. Ainda segundo o G1, o dinheiro foi transferido para uma conta falsa em nome do jogador, antes de ser objeto de mais duas transferências. Parte do dinheiro foi bloqueada, por ordem judicial, e a Caixa Econômica Federal deve ressarcir o peruano.

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A operação, denominada Fake Agents, cumpriu seis mandados de busca na região metropolitana de São Paulo, durante a última terça-feira. Os responsáveis responderão pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, uso de documento falso e associação criminosa, na medida de sua culpabilidade. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.

O nome escolhido para a operação é uma referência a uma campanha internacional de conscientização sobre os riscos apresentados por falsos agentes a jovens jogadores. Tal movimento foi lançado pelo ex-atacante Didier Drogba, hoje Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Esporte e Saúde.

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