As vésperas da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina de 2023, a treinadora Pia Sundhage e a lateral Tamires participaram de uma coletiva de imprensa na cidade de Adelaide, na Austrália. O jogo contra o Panamá ocorre amanhã, dia 24, às 8h (horário de Brasília), em partida válida pelo Grupo F.
Na entrevista, a técnica garantiu que Marta está fisicamente apta para jogar. “A Marta está 100% na parte física. Quantos minutos de treino e jogo ela precisa ter para entrar no jogo, depende da partida. Mas o treino que tivemos ontem foi muito bom. [...] Ela estará pronta”, disse a sueca.
Pia ainda comentou sobre o rival do Brasil, elogiando o Panamá e afirmando que é um time que apresenta “bons momentos” durante as partidas. Ao ser questionada sobre o favoritismo brasileiro na competição, a treinadora afastou a pressão e disse que a seleção canarinho não está entre as principais favoritas, mas que briga pelo título.
Apesar de usar o idioma nativo brasileiro com as jogadoras, Pia ainda responde as perguntas em inglês. Durante a coletiva, ela classificou o português como “um idioma muito difícil”. Tamires revelou um momento emocionante da treinadora sueca após a derrota para a Canadá nos pênaltis nas Olimpíadas de Tóquio de 2020.
“Na Olimpíada, lembro bem quando perdemos, foi uma sensação muito ruim. A Pia falou emocionada: ‘me desculpa, vou aprender português e procurar fazer o melhor’. Ela realmente aprendeu. Ela dá muitas reuniões falando português. Como não confiar em uma comissão experiente, que traz uma técnica fora do normal? Sentimos esse brilho no olhar”, disse a jogadora do Corinthians.
Falando sobre as chances do Brasil no torneio, a lateral esquerda se mostrou otimista e disse acreditar na força do grupo. “Sabemos o que temos que fazer. O erro faz parte, crescemos com ele. É por isso que temos hoje essa seleção focada e motivada em dar o melhor. As atletas que estão vivendo essa Copa, tem um brilho no olhar gostoso de ver. Parece que é a primeira Copa para nós também. Estamos vivendo coisas diferentes no futebol feminino”, disse.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.