A acirrada rivalidade entre Palmeiras e Flamengo deixou o clima quente e tenso do lado de fora do Allianz Parque e obrigou a Polícia Militar a usar gás de pimenta para dispersar torcedores cariocas que ficaram sem ingresso e tentaram invadir a arena pelo portão principal do clube. O gás fez o primeiro tempo da partida ser paralisado duas vezes por quase sete minutos. Havia jogadores reclamando de estar com os olhos ardendo.
O Palmeiras vende ingressos para visitantes no Allianz Parque somente no dia do jogo e muitos cariocas acabaram impossibilitados de acompanhar o jogo deste sábado por causa do encerramento da cota, o que causou indignação. Havia uma festa junina no clube, com crianças e mulheres. A PM ‘limpou’ a rua Palestra Itália para conter a confusão. O caminhão do Choque da PM estava posicionado na entrada principal.
Além do gás de pimenta, bombas de efeito moral também foram utilizadas pela PM e o cenário de guerra se formou. Muitas pessoas que nada tinham a ver com o jogo acabaram “refugiadas” em bares ao redor do Allianz. Houve relatos de agressão. Muitas garrafas foram atiradas em direção aos policiais e flamenguistas. A PM revidou com bombas e muito gás. Fazia tempo que não havia briga do lado de fora do estádio na Pompeia.
Diversos policiais avançaram perfilados nas ruas ao redor do estádio para dispersar os revoltados cariocas. Houve muita gritaria e correria. Depois, com um cordão de isolamento no portão principal de acesso ao estádio e a chegada de um caminhão do Batalhão de Choque, a ordem foi restabelecida., com a rua esvaziada. A cavalaria da PM também entrou em ação. A PM não informou alguém se machucou ou se torcedores foram presos.
Na hora da tentativa de invasão, porém, a bola rolava e o gás invadiu o campo, irritando os olhos de torcedores e até dos próprios jogadores. Muitos usaram as camisetas para se proteger. O jogo acabou paralisado em duas oportunidades, somando quase sete minutos sem jogo. Teve acréscimos de oito minutos ao tempo regulamentar.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
