A organização da primeira partida da final do Campeonato Paulista, entre Água Santa e Palmeiras, ficou marcada pela demora pela definição de data, horário e local do duelo, além de problemas na comercialização de ingressos. Neste domingo, apesar das dificuldades anteriores, a Arena Barueri não registrou problemas significativos na entrada dos torcedores.
Na véspera do jogo, o Água Santa havia confirmado o esgotamento dos ingressos vendidos a seus torcedores, que ficam alocados isoladamente em um setor atrás de um dos gols. Já os palmeirenses ocupam as demais áreas do estádio na Grande São Paulo. O valor das entradas variou entre R$ 50 a R$ 130. Nos arredores das bilheterias, uma dezena de cambistas tentava repassar os ingressos por até R$ 400.
Como é de praxe, Polícia Militar e a cavalaria fizeram a segurança do evento. Na Avenida Prefeito João Vila-Lobos Quero, foi montada uma divisória com tapumes de metal para separar as duas torcidas. De ambos os lados, porém, havia torcedores das duas equipes transitando em paz. Ônibus trazendo apoiadores do Água Santa provocaram um pouco de trânsito na porta do estádio, mas não desanimou o torcedor. Um grupo improvisou um churrasquinho. Por volta das 14h, os portões foram abertos, e o público começou a tomar seus assentos. Até minutos antes de a bola rolar, a única fila foi registrada no acesso aos únicos dois elevadores que levam aos camarotes e às cabines de imprensa.
A data e o horário da primeira final só foram confirmados após a conclusão do sorteio e divulgação do calendário de jogos da fase de grupos da Copa Libertadores, porque alguma data poderia ficar inviabilizada a depender do agendamento da partida do Palmeiras. O time alviverde faz sua estreia na competição continental nesta quarta-feira, em La Paz, capital boliviana, diante do Bolívar, às 21h30.
Os ingressos do jogo de ida começaram a ser vendidos online na quarta, mas o aplicativo “Joga Pro”, disponibilizado pelo time de Diadema para a compra dos tickets, não funcionava e gerou reclamações. Apenas no fim do dia, os primeiros torcedores conseguiram adquirir virtualmente as entradas.
“Quando se pensa em desenvolver métodos que promovam a evolução nos mecanismos de venda de ingressos em grandes eventos esportivos, um dos principais pontos que se leva em consideração é a performance e disponibilidade para altos fluxos de tráfego”, afirma Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply, empresa de tecnologia pioneira em vendas online de ingressos de futebol.
Na quinta, começou a venda física das entradas. Quem quisesse assistir à final pôde comprar os ingressos na Arena Barueri e no Distrital do Inamar, em Diadema, casa do Água Santa. Porém, novas dificuldades foram enfrentadas na emissão e impressão dos tickets, causando atrasos e filas. O presidente do time do ABCD, Paulo Korek Farias, se dirigiu aos torcedores presentes no local e pediu desculpas pelo transtorno.
A solução encontrada foi a troca da empresa responsável pela venda dos ingressos. A “Ligatech”, parceira da Federação Paulista de Futebol (FPF), passou a cuidar da comercialização, e a compra virtual das entradas migrou para um site. “A jornada de compra evoluiu, com uso de aplicativos, redes sociais, ponto de venda física e site. Por outro lado, a experiência de uso e facilidade para adquirir o ingresso ainda requerem aperfeiçoamento”, afirma Renan Borges, head de Tecnologia da End to End, empresa especializada no estreitamento das relações entre clubes, torcedores e patrocinadores.
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