A DJ e influenciadora digital Gabriela Cavallin, de 22 anos, está acusando o ex-namorado, o atacante Antony, do Manchester United e da seleção brasileira de agressão. Ela registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o jogador em junho deste ano na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, no Tatuapé, em São Paulo. Na época, Gabriela Cavallin pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado. Na última semana, ela também procurou a polícia de Manchester, na Inglaterra, e fez novas denúncias contra o atleta.
Segundo o relato de Gabriela no B.O. registrado no Brasil, Antony teria lhe jogado água, chutado, puxado o cabelo e dado uma cabeçada, além de segurá-la pelos braços e jogá-la na cama. No inquérito que está realizado na Inglaterra, ela expôs imagens do que seria a última agressão cometida pelo jogador, que a teria deixado com uma lesão na mão direita, com os ossos dos dedos expostos.
Em entrevista ao site Uol, publicada nesta segunda-feira, Gabriela contou que foi ameaçada pelo jogador enquanto estava grávida do próprio atleta. “Ele já falou coisas assim: ‘ou eu ia ficar com ele ou ia morrer todo mundo’. Eu, ele e o nosso filho. E eu falava: ‘você sabe que estou grávida, né? Você está me assustando’. Uma hora ele estava chorando, outra hora me batendo. Com certeza um dos piores dias da minha vida”. A DJ acabou perdendo o bebê semanas depois.
Gabriela Cavallin é natural de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e nasceu em outubro de 2000. Sua conta oficial no Instagram conta com 495 mil seguidores, onde ela posta regularmente imagens de viagens na Europa, onde costuma se apresentar como DJ.
O relacionamento de Gabriela com Antony se tornou público em junho do ano passado. Ela chegou a morar com o atleta na Holanda, quando ele atuava pelo Ajax. A relação terminou e foi reatada por mais de uma vez antes de a influenciadora colocar um ponto final no namoro por causa das supostas agressões e das crises de ciúme do atacante.
Após Antony ser convocado por Fernando Diniz para os jogos contra Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, nos dias 8 e 12 de setembro, Gabriela Cavallin compartilhou uma coluna que critica a convocação do atacante do Manchester United. Ela também mencionou o fato de Lucas Paquetá, do West Ham, ter ficado fora por ter seu nome envolvido em um caso de apostas esportivas. Após o caso ganhar repercussão, Antony foi cortado e Gabriel Jesus, do Arsenal, foi chamado para o seu lugar.
A defesa de Gabriela se manifestou nesta segunda-feira em nota oficial à imprensa, dizendo que a justiça será feita. Confia abaixo:
A defesa de Gabriela Cavallin, diante dos fatos e evidências que vieram a conhecimento público nesta data, sobre os reiterados episódios de agressão sofridos por ela, informa que confia na séria e competente investigação da Polícia Civil de São Paulo e aguarda que, assim que concluída, o agressor seja processado e punido pelos crimes que cometeu.
Atacante se defende nas redes sociais
Procurada pelo Estadão, a assessoria de Antony afirmou, em nota assinada pelo empresário do jogador, Júnior Pedroso, que o atleta “não vai se pronunciar enquanto a Justiça não der o seu parecer”. A defesa do atacante entende que o caso é desfavorável à Gabriela. “O que se pode observar é que ela aparece na mídia sempre nos momentos que ela sabe que pode prejudicar o Antony. Como no dia da convocação para a seleção brasileira e agora no momento da apresentação. Mas os fatos expostos são os mesmos que estão sendo tratados no processo investigatório”, completa a nota.
Ainda nesta segunda-feira, após novas revelações sobre o caso, Antony usou de suas redes sociais para se defender das acusações. Segundo o texto, o atacante tem colaborado com as autoridades para o esclarecimento dos fatos, além de dizer que as acusações são falsas e que as provas irão inocentá-lo. Confira o texto completo abaixo:
Em respeito aos meus fãs, amigos e familiares me sinto na obrigação de me manifestar publicamente sobre as falsas acusações que tenho sido vítima.
Desde o início tenho tratado esse assunto com a seriedade e respeito , prestando os devidos esclarecimentos perante a autoridade policial. O inquérito policial está sob segredo de justiça, e, por isso, não posso tornar público o seu conteúdo.
Contudo, posso afirmar com tranquilidade que as acusações são falsas, e que a prova já produzida e as demais que serão produzidas demostram que sou inocente das acusações feitas. Minha relação com a Sra. Gabriela era tumultuada, com ofensas verbais de ambos os lados, mas jamais pratiquei qualquer agressão física.
A cada momento, seja em depoimento ou em entrevista, ela apresenta uma versão diferente das acusações.
Assim, venho veemente negar as acusações feitas e informar que permaneço à inteira disposição das autoridades brasileiras para esclarecer o que for necessário.
Confio que as investigações policiais em andamento demonstrarão a verdade sobre a minha inocência.
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