A Copa do Mundo de 2023 é o principal evento futebolístico feminino do ano, onde as melhores jogadoras do esporte se enfrentam em busca do título mais importante da modalidade. A Fifa trata a disputa como um divisor de águas da modalidade. É natural, então, que as atletas mais bem pagas do mundo estejam na competição. Se esportivas como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé figuram entre os mais bem pagos no mundo, o mesmo não pode ser dito de astros da Copa da Austrália e da Nova Zelândia, como Alex Morgan, Alexia Putellas, Megan Rapinoe e Marta.
Ganhando consideravelmente menos do que os homens, as jogadoras não aparecem sequer na lista de dez atletas mais bem remunerados realizada pela Forbes. O fato só evidencia a importância de um dos tópicos mais debatidos no futebol feminino: a diferença entre os valores de salários, premiações e pagamentos destinados às mulheres em comparação com a modalidade masculina.
Neste torneio, seleções como Canadá e Jamaica enfrentaram problemas de falta de financiamento por parte das próprias federações Mas isso não significa que não exista jogadoras que recebam valores altos. A revista Forbes publicou uma de suas listas elencando as jogadoras mais bem pagas do Mundial de 2023.
Na metodologia utilizada pela publicação, somam-se os ganhos dentro de campo, como salários e pagamentos por premiações, aos ganhos fora do jogo, como publicidade e contratos de patrocínio. Segundo esse método, a seleção americana é disparada a que mais tem jogadoras no top 10: são 9 atletas do time nacional americano e somente uma outra jogadora de outra nacionalidade, a espanhola Alexia Putellas em terceiro lugar. Não há brasileiras na relação da Forbes.
A lista é encabeçada por Alex Morgan e Megan Rapinoe, o que evidencia a força de ambas as jogadoras dos EUA. Símbolos da geração que conquistou um bicampeonato mundial, Morgan fatura US$ 7,1 milhões por ano. Já Rapinoe ganha US$ 7 milhões. A liga americana de futebol é considerada o campeonato feminino mais forte do planeta, o que contribui para que as jogadoras que lá atuem também recebam melhores salários. As americanas Trinity Rodman, Crystal Dunn, Julie Ertz, Sophia Smith, Lindsey Horan, Rose Lavelle e Sofia Huerta completam o top 10.
O cenário, no entanto, muda quando consideramos somente os salários recebidos pelas atletas. Encabeçando a lista, uma surpresa já de cara: a australiana Sam Kerr, do Chelsea. Extremamente talentosa, a atacante não é tão badalada quanto suas outras companheiras, mas assinou um lucrativo contrato para reforçar o clube londrino. Assim como na lista da Forbes, Alex Morgan e Megan Rapinoe estão no top 3.
As demais posições, no entanto, parecem refletir a qualidade das jogadoras. A norueguesa Ada Hegerberg é quarta, sendo seguida pela brasileira Marta e pela francesa Wendie Renard, que estão empatadas em quinto lugar. Completando o Top 8, ainda há a francesa Amandine Henry e a canadense Christine Sinclair.
Confira a lista de jogadoras mais bem pagas da Copa feminina de 2023:
- 1º - Alex Morgan, do San Diego Wave FC: US$ 7,1 milhões
- 2º - Megan Rapinoe, do Seattle Reign FC: US$ 7 milhões
- 3º - Alexia Putellas, do Barcelona: US$ 4 milhões
- 4º - Trinity Rodman, do Washington Spirit: US$ 2,3 milhões
- 5º - Crystal Dunn, do Washington Spirit: US$ 2 milhões
- 6º - Julie Ertz, do Angel City FC: US$ 2 milhões
- 7º - Sophia Smith, do Portland Thorns FC: US$ 2 milhões
- 8º - Lindsey Horan, do Portland Thorns FC: US$ 1,5 milhão
- 9º - Rose Lavelle, do OL Reign: US$ 1,4 milhão
- 10º - Sofia Huerta, do OL Reing: US$ 1,3 milhão
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