A seleção brasileira estreou com vitória na Copa do Mundo do Catar. Richarlison fez os dois gols em um jogo complicado diante da Sérvia, nesta quinta-feira, no estádio Lusail. O Brasil não teve uma atuação brilhante no triunfo por 2 a 0, mas conquistou sua primeira vitória. Confira análise dos profissionais do Estadão sobre o destaque da equipe do técnico Tite.
Robson Morelli, editor de Esportes
Richarlison acabou com a agonia do torcedor brasileiro na estreia da seleção. Ufa! Como demorou para sair esse gol. Foi aos 17 minutos do segundo tempo. Mas saiu e encaminhou a primeira vitória ao time de Tite no Catar. O atacante passou os primeiros 45 minutos sumidão entre os marcadores, quase não pegou bola. Não havia como ser acionado pelos companheiros. Mas os donos de camisas 9 têm dessas. Fica o jogo todo marcado e quando tem uma chance, não desperdiça. Richarlison precisou de apenas uma oportunidade. Uma! Seu primeiro gol foi mais do que importante. O segundo, foi uma pintura. De voleio após receber passe de Vini Jr. Dominou na área, ajeitou e chutou sem deixar a bola cair. Que golaço! Olha que pode ter sido o mais bonito da rodada inicial da primeira fase da Copa.
Marcius Azevedo, editor assistente de Esportes
É impossível não escolher Richarlison como destaque da estreia da seleção brasileira. O atacante entrou em campo carregando o peso da camisa 9 de Ronaldo Fenômeno e com o desafio de ser o goleador que o Brasil não teve na Rússia, em 2018. Naquela Copa, Gabriel Jesus não marcou nenhuma vez. Richarlison fez logo dois e o segundo deles foi um golaço. Gol de Copa do Mundo para o Brasil começar sua caminhada rumo ao hexa com uma vitória contundente.
Almir Leite, editor assistente de Esportes
Richarlison foi o grande nome da estreia do Brasil. Ele fez exatamente o que se espera de um centroavante, principalmente quando o jogo está difícil: gol. No primeiro tempo, não apareceu, encaixotado que estava entre os grandalhões defensores sérvios. Mas não desistiu e, quando as chances apareceram, demonstrou senso de colocação, oportunismo e eficiência. Em resumo, deu os três primeiros pontos para a seleção.
Glauco de Pierri, editor assistente de Esportes
Não resta nenhuma dúvida de que Richarlison foi o destaque da seleção brasileira na partida de estreia da Copa do Mundo. Mas além dos dois gols, o jogador do Tottenham demonstrou em campo ter uma força mental acima da média do jogador de futebol comum. Depois de um primeiro tempo onde não jogou muito bem, o atacante seguiu seu ritmo. Marcou o primeiro gol após rebote do goleiro, um gol feito com o faro do artilheiro, do camisa número 9 clássico. No segundo, pensou rápido antes mesmo de dominar a bola e marcou um golaço. Centrado, com a concentração no nível ideal, Richarlison pode ser o fator de desequilíbrio do Brasil na campanha da Copa do Mundo do Catar.
Raphael Ramos, editor assistente
A expectativa em torno de Vinicius Junior era enorme, afinal havia a dúvida até momentos antes do jogo se Tite escalaria o atacante do Real Madrid ou se seria conservador levando a campo mais um volante contra a Sérvia. Por isso, são compreensíveis o nervosismo e o primeiro tempo tímido de Vini Jr. No segundo tempo, mais solto, saíram dos pés do garoto os dois gols do Brasil. Primeiro, em um chute no qual a bola sobrou limpa para Richarlison. Depois, com um belo passe de três dedos para o Pombo. Vinicius cravou de vez o seu lugar no time titular. Pelo menos nesta primeira fase, contra adversários mais frágeis.
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