O meia Ramiro admitiu incômodo dos jogadores do Corinthians com os salários atrasados. Ele falou que o assunto é tratado "olho no olho" e disse que a diretoria tem sido transparente. Os jogadores estão com três meses de salários atrasados e a promessa do clube é quitar pelo menos dois até o fim de semana.
"O assunto é bem delicado, funcionário nenhum gosta de ter salário atrasado, não gosta e não deve ter. A gente trabalha no dia a dia, se dedica sempre para ter no final do mês nossa recompensa financeira. A gente também entende e conversa com a diretoria sobre a situação que o mundo vive, de ter ficado sem receber receita, ou com receita reduzida, mas isso é tratado de forma interna, como homens, com olho no olho, a diretoria tem sido transparente para deixar o mais alinhado possível", afirmou.
Ramiro, por outro lado, lembrou que o clube não demitiu funcionários do departamento de futebol profissional em meio à pandemia do novo coronavírus.O elenco teve redução salarial de 25%, com base na Medida Provisória 936, enquanto demais funcionários tiveram redução de 50% ou 70%. "O clube está colocando em dia algumas coisas, a gente sabe que tem bastante coisa em atraso, vão colocar algumas situações nesta semana, a gente vem tratando diretamente com eles para o mais rápido ficar tudo zerado. O que nos deixa contente é que o clube não precisou demitir nenhum funcionário, manteve o mesmo número de empregos", disse.
Antes da partida da última quarta-feira, contra o Goiás, os jogadores gravaram um vídeo e negaram a possibilidade de fazer greve por causa dos salários atrasados. Foi uma resposta do elenco aos comentários do ex-atacante Edílson Capetinha, que havia falado sobre a chance de greve durante programa da TV Bandeirantes.
Após a vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, o Corinthians volta a campo neste sábado, contra o Botafogo, na Neo Química Arena, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe alvinegra tem oito pontos e ocupa o nono lugar na tabela.
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