Rogério Ceni ignora vitória e pensa apenas na Libertadores

Goleiro do São Paulo fez questão de cumprimentar técnico Caio Júnior

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Por Agencia Estado
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Rogério Ceni não demonstrava após o clássico nenhuma emoção especial pela vitória contra o Palmeiras. Nem com o 70º gol que marcou, aumentando o seu recorde mundial para goleiro. Parecia apenas que havia terminado um treino, mero amistoso obrigatório. Não lembrou também que o Palmeiras é o seu maior freguês - marcou o sexto contra o rival. Ele queria falar sobre outra partida. "Agora que o jogo contra o Palmeiras acabou podemos nos concentrar na partida que nos importa: contra o Necaxa, na quarta-feira. Precisamos ganhar e eu peço para que o nosso torcedor faça novamente a diferença enchendo o Morumbi", disse o capitão do time. O São Paulo está em terceiro na chave e precisa da vitória para não ficar em situação delicada na luta pela vaga. Rogério Ceni fez questão de destacar a força do elenco do São Paulo. O time atuou com oito reservas e venceu como quis o clássico. "Nós mostramos que temos um grande elenco. Isso é o mais importante. Sabíamos que o Palmeiras queria ganhar, mas nós conseguimos nos impor. Nosso time jogou bem e sério. Só isso." O goleiro estava tão tranqüilo que não quis saber de comemorações com os jogadores e os torcedores após a vitória. Sua preocupação foi outra. "Procurei o Caio Júnior para lhe dar um abraço. Sou um admirador do técnico do Palmeiras. Ele é uma pessoa consciente e que sempre tem coisas importantes, diferenciadas para falar. Eu o admiro e quis mostrar o respeito que tenho por ele. É uma grande pessoa." O goleiro só não sorriu quando teve de explicar o gol do Palmeiras. Como capitão, ele reclamou de uma perseguição dos árbitros. "O Breno deu um carrinho para tentar evitar o chute do Osmar. A perna dele não tocou na do palmeirense. Não houve pênalti. O que eu acho estranho, porque contra o Rio Branco um bandeira marcou o pênalti com 50 metros de distância. Isso não pode ficar acontecendo constantemente contra o São Paulo." E ironizou quando lembrou seus gols - 44 de falta e 26 de pênalti. "Esses números são da Fifa. Para mim, são mais. Só que deixa para lá, o que importa é que voltei a marcar." Presente de grego A vitória do São Paulo foi o ´presente´ que o clube do Morumbi reservou ao Palmeiras pelo reconhecimento do título mundial de 1951. "Acho que deve estar a maior festa no cemitério do Araçá pelo título mundial de 51. Passei por lá e vi um monte de bandeirinhas. Nosso marketing de vitórias é para os netos e o do Palmeiras é para os avôs", disse o coordenador Marco Aurélio Cunha.

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