Rogério Ceni evitou entrar em muitos detalhes sobre como será seu modo de trabalhar no São Paulo e a forma de armar a equipe. O novo técnico garante que não tem restrição a nenhum tipo de esquema tático e lembra que pode, até, mudar o jeito de jogar de acordo com o adversário, a menos que não tenha boas peças para reposição para alterar a postura do time. Para assumir o desafio, ele pretende ter uma comissão técnica muito qualificada, para poder aplicar no campo as coisas que viu na Europa neste segundo semestre e aquilo que pensa sobre futebol. “Vou montar uma equipe de trabalho muito boa. Vamos fazer o máximo para ter um elenco mais forte. Será um desafio preocupante e, ao mesmo tempo, fascinante.” Ceni vai trabalhar com dois auxiliares estrangeiros, o inglês Michael Beale, que tem experiência nas categorias de base do futebol inglês e estava no Liverpool, e o francês Charles Hembert, que já atuou na parte de logística com a seleção brasileira na Copa América Centenário. A opção pela dupla vai mudar a forma de treinar no clube.
“Não estou trazendo novos conceitos, tenho os meus. Passei o que pensava ao Michael e a nossa ideia bateu. O treino será montado no dia anterior, usarei dois campos por treinamento. Eles têm muito a acrescentar. Sempre vou delegar funções, desde que as pessoas tenham competência”, disse. Ceni defende que o treinamento da equipe tenha um ritmo intenso, para que os atletas consigam repetir nas partidas. Sua intenção é ter um São Paulo ofensivo, com marcação pressão e buscando o gol a todo momento. Por isso, pretende juntar tudo que observou em sua longa carreira. “Garanto que aprendi com todos os 23 treinadores que convivi ao longo da minha vida e aprendi o que se deve fazer e o que não se deve fazer. Tento tirar uma mescla para o meu trabalho futuro e puxar características de todos. Eles, de algum jeito, fizeram parte da minha formação como treinador.”
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.