Ronaldo revela que Ancelotti queria treinar seleção e conta ter feito mediação para CBF

Ex-jogador lamenta ambiente da confederação, que, segundo ele, contamina time dentro de campo

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Por Redação

Dorival Júnior já tem um ano no comando da seleção, desde a demissão de Fernando Diniz, que era tido como interino até a chegada de Carlo Ancelotti. A frustração com a manutenção do italiano no Real Madrid, contudo, ainda rende assunto. Ronaldo Fenômeno revelou ter inclusive participado de mediações entre CBF e o técnico.

“Eu teria esperado o Ancelotti, também, a gente inclusive conversou na época e eu sugeri isso a ele. Pelo que eu sei, ele (Ancelotti) não foi liberado pelo Real Madrid. Ele queria vir. Não foi fantasia’', disse ao Charla Podcast.

Ronaldo afirmou que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi quem solicitou seu apoio na negociação. ‘’Eu, inclusive, ajudei no processo, conversando com o Ancelotti. O Ednaldo pediu ajuda, eu ajudei. Depois, deixei eles negociarem, mas parece que travou porque não tinha liberação do Real Madrid’', completou.

Carlo Ancelotti foi cotado para assumir seleção após saída de Tite, mas renovou com o Real Madrid. Foto: Alberto Saiz/AP

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Crítico da CBF, o ex-jogador ainda comentou os impactos dos bastidores da confederação no campo. Ronaldo demonstrou interesse em concorrer à presidência da entidade, mas desistiu após não conseguir mobilizar apoio.

“Eu acho que os jogadores todos do passado, não só eu, elevamos muito a régua do nível do futebol brasileiro. E parece que a mídia espera muito deles (jogadores). Ainda temos os melhores do mundo, Vinicius, Raphinha, mas a gente ainda vive um problema estrutural de liderança da CBF que reflete no time, no Dorival, que comete erros que nem todos cometem. Essa liderança está contaminando o ambiente’', finalizou.

A CBF atravessou um litígio judicial nos últimos dois anos que envolveu o afastamento de Ednaldo Rodrigues, que foi reconduzido ao cargo no início do ano passado. Em fevereiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) declarou extinta a ação que questionava as regras eleitorais na CBF, conferindo legitimidade ao processo que levou Ednaldo ao poder.