Sampaoli é demitido pelo Flamengo após acumular fracassos e confusões em cinco meses de trabalho

Treinador é mandado embora pouco dias depois de perder o título da Copa do Brasil para São Paulo

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Por Redação
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O Flamengo demitiu nesta quinta-feira o técnico Jorge Sampaoli, dias após o time rubro-negro perder o título da Copa do Brasil para o São Paulo. O treinador argentino tinha contrato até o fim de 2024, mas deixa o clube carioca depois de cinco meses. Ele deve receber aproximadamente R$ 8 milhões pela rescisão contratual. O fim do vínculo já estaria definido antes mesmo da final da competição no domingo, ganhando ou perdendo o título. Tite, ex-técnico da seleção brasileira, é visto como primeira opção para o cargo.

Sampaoli foi contratado pelo Flamengo em abril deste ano para a vaga do português Vítor Pereira, demitido após cair na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa e ser vice no Campeonato Carioca, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil. O Flamengo alternou entre bons e maus momentos com o treinador argentino, que deixa o cargo com 60,5% de aproveitamento em 39 jogos (20 vitórias, 11 empates e 8 derrotas).

O desempenho irregular no Brasileirão (7º colocado, com 40 pontos) e a eliminação nas oitavas de final da Libertadores para o Olimpia, do Paraguai, considerado um dos adversários mais fracos do mata-mata, aumentaram a pressão para cima de Sampaoli. Desprestigiado pelos torcedores, o argentino também já não era mais unanimidade entre os dirigentes do Flamengo — com a exceção do presidente Rodolfo Landim — e a Copa do Brasil era sua chance de sobrevida no clube. No primeiro jogo da final, o time foi derrotado por 1 a 0 no Maracanã, empatando por 1 a 1 na volta, no Morumbi, e ficando com o vice.

Sampaoli amargou mais um fracasso no comando do Flamengo e foi demitido do cargo. Foto: Sergio Moraes/Reuters

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O argentino enfrentava críticas por não repetir um time titular (foram 39 escalações diferentes aos longo dos 39 jogos), utilizando diferentes esquemas e improvisando jogadores com atletas da posição disponíveis para atuar. A falta de proximidade com o grupo de atletas no dia a dia também prejudicou a relação do treinador no trabalho — nas finais da Copa do Brasil, ele foi criticado por deixar o gramado antes do apito final por duas vezes.

Um dos pontos negativos da carreira de Sampaoli é a perda de confiança dos jogadores, como aconteceu quando ele comandou a seleção da Argentina e, mais recentemente, o Sevilla.

Além dos insucessos esportivos, a passagem de Sampaoli pelo Flamengo foi marcada por uma crise que culminou em agressões entre membros da comissão técnica e jogadores. Quando o time vivia seu melhor momento com o treinador, o preparador físico Pablo Hernandez, braço-direito do argentino, foi demitido após dar um soco no atacante Pedro, com o caso indo parar na polícia. Gerson e Varela também trocaram socos durante um treino da equipe no Ninho do Urubu e o vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, se envolveu em uma briga com um torcedor em um shopping no Rio depois de ser cobrado pelos maus resultados do time.

Jorge Sampaoli deixa o Flamengo na sétima colocação do Campeonato Brasileiro, com 40 pontos, a 11 do líder Botafogo, com 51. Faltando 13 rodadas, o time carioca tem a missão de, no mínimo, ficar entre os quatro primeiros colocados para conseguir vaga direta na fase de grupos da Libertadores e não comprometer o orçamento de 2024.

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Rescisões de técnicos

O Flamengo já gastou quase R$ 50 milhões no pagamento de rescisões contratuais para treinadores desde o início da gestão de Rodolfo Landim, iniciada em 2019. Além de Sampaoli, o clube abriu o bolso para mandar embora Vítor Pereira, Rogério Ceni, Paulo Sousa e Domenèc Torrent. Durante o período, o clube ainda teve Dorival Júnior, Renato Gaúcho, Jorge Jesus e Abel Braga como treinadores.

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