O Santos estreou na Série B contra o Paysandu na Vila Belmiro, neste sábado. Na primeira vez que o clube joga a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, a gestão de Marcelo Teixeira cumpre a primeira das medidas prometidas logo após assumir o comando: a camisa 10 não será utilizada. O número eternizado por Pelé foi “guardado” no vestiário.
O próprio dirigente e jogadores santistas participaram de uma cerimônia, na sexta-feira, que marcou a criação de uma cápsula do tempo. A camisa 10 foi colocada no armário do vestiário, com uma porta de vidro, para que o número fique à vista dos atletas, que também guardaram cartas para serem abertas no futuro.
No Campeonato Paulista, a numeração da equipe ainda não era fixa. O número foi utilizado por Giuliano, Otero e Cazares, que agora assumiram a 20, a 22 e a 36, respectivamente. A ideia é que o Santos só volta a vestir a camisa quando retornar à Série A.
Entrevista
Entretanto, a braçadeira com a letra “Z”, que homenageia Zito, foi mantida. O volante campeão do mundo em 1958 e 1962 saiu do Taubaté, aos 19 anos, para uma carreira de 15 anos defendendo apenas o Santos. Ele também atuou como dirigente e é um dos responsáveis pelo surgimento de Neymar na base santista.
O ídolo morreu em 2015, vítima de um acidente vascular cerebral, e ganhou a homenagem que se tornou permanente, no lugar da letra “C”, comum às faixas. Dois anos depois da morte, uma estátua do ídolo foi inaugurada em frente à Vila Belmiro. Ao todo, Zito conquistou 22 títulos oficias com o Santos. Ele é o terceiro jogador que mais vestiu a camisa do clube, com 733 jogos, atrás apenas de Pelé e Pepe.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.