Análise | São Paulo sofre mais do que deveria, mas vence o frágil Cobresal e dá sobrevida a Carpini

André Silva e Calleri marcam no fim, aliviam a torcida e dão ao time tricolor sua primeira vitória na Libertadores

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

O São Paulo jogou mal e encontrou dificuldades diante do frágil Cobresal, mas deixou seu torcedor aliviado e deu sobrevida ao criticado Thiago Carpini ao marcar duas vezes nos minutos finais e ganhar do modesto rival chileno por 2 a 0 nesta quarta-feira.

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Conquistada com gols de André Silva e Calleri, ambos no fim da partida, a primeira vitória na Libertadores levanta o moral do time tricolor e evita que a equipe se complique no Grupo B. São três pontos somados que tiram o São Paulo da lanterna da chave depois do revés na estreia para o Talleres, na Argentina.

O MorumBis esteve cheio de são-paulinos ávidos por ver um bom futebol diante de um rival frágil e que não venceu um jogo sequet na temporada. Mas o que eles viram foi um jogo pobre do time treinado por Thiago Carpini, que ouviu vaias e lida com pressão cada vez maior.

É verdade que o São Paulo até criou para descer ao intervalo em vantagem. Embora lento, o time, armado com três zagueiros, encontrou oportunidades, mas não derrubou o bloqueio dos chilenos. Calleri acertou uma bola na trave, Luciano perdeu chance dentro da área e James Rodríguez, sempre perseguido por mais de um marcador, parou no goleiro.

James Rodríguez em ação pelo São Paulo contra o Cobresal Foto: Andre Penner/AP

Faltaram velocidade, objetividade, criatividade e eficiência aos donos da casa, que irritaram sua torcida contra um adversário com evidentes limitações e que é o lanterna do Campeonato Chileno. É esperado que o Cobresal termine também em último da chave na Libertadores.

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No segundo tempo, Luciano até foi às redes no início, mas o gol não valeu porque a arbitragem percebeu a posição irregular de Calleri, responsável pela assistência. O cenário continuou parecido ao da etapa inicial: lentidão e incompetência na criação das jogadas do São Paulo, que geralmente descolava uma pressão ofensiva a partir de uma bola rebatida, de algum lance individual ou de um dos muitos cruzamentos para a área.

As limitações técnicas não impediram o Cobresal de causar dificuldades no bagunçado São Paulo. Não fosse Rafael, o time chileno poderia ter deixado o MorumBis com uma vitória histórica. O goleiro defendeu cabeceio de Diego Coelho e finalização de Messias e evitou um vexame são-paulino.

Na base da pressão, o São Paulo conseguiu seu gol e deu sobrevida a Carpini. O MorumBis explodiu de alegria e alívio com um gol chorado, o primeiro de André Silva pelo time tricolor. A forma como a equipe foi às redes sintetiza a noite sofrida do clube paulista. O atacante, que entrara na reta final do jogo, aproveitou rebote após mais uma jogada aérea e, dentro da pequena área, cutucou de sola para as redes.

Em vantagem no placar, o São Paulo encontrou mais espaços e, quatro minutos depois, fez o segundo gol. Completamente livre na área, Calleri marcou e definiu o suado triunfo são-paulino.

André Silva comemora seu primeiro gol pelo São Paulo Foto: Andre Penner/AP

SÃO PAULO 2 X 0 COBRESAL

  • SÃO PAULO: Rafael; Diego Costa, Arboleda, Ferraresi; Igor Vinícius (Erick), Pablo Maia (Galoppo), Alisson, James Rodríguez (Rodrigo Nestor), Michel Araújo (William Gomes); Luciano (André Silva) e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
  • COBRESAL: Requena; Bechtholdt (Toro), Alarcón e Sandoval; Pacheco, Navarro, Mesias (Filla), Valência (Lezcano) e Munder; García (Lobos) e Julio Castro (Diego Coelho). Técnico: Gustavo Huerta.
  • GOLS: André Silva, aos 38, e Calleri, aos 42 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Carlos Ortega (Colômbia).
  • CARTÕES AMARELOS: Pablo Maia, Luciano, Julio Castro, Bechtholdt, Galoppo, Valencia, Navarro, Filla, Thiago Carpini.
  • PÚBLICO: 49.502 torcedores.
  • RENDA: R$ 3.643.692,50.
  • LOCAL: MorumBis.

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Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

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