O São Paulo tem no Estádio do Morumbi o seu principal ativo. Sua casa ajuda na arrecadação junto aos torcedores quando lotam as arquibancadas, além de shows e eventos e, mais recentemente, com a venda dos naming rights para a Mondelez, que rebatizará o local como MorumBis. O próximo passo é ampliar e modernizar o estádio e, para isso, um acordo já está selado com a construtora WTorre.
Nos últimos dias de 2023, o São Paulo fechou a parceria com a WTorre, que também promoveu a reforma do Allianz Parque, do Palmeiras, e vai fazer o mesmo com a Vila Belmiro, casa do Santos. Ainda não está certo o valor da reforma. São vários motivos que tornam esses números incertos neste momento. Um deles é que ainda falta definir detalhes da extensão do projeto. O outro é que os custos de uma obra desta magnitude podem variar conforme o tempo.
A previsão inicial é que o novo Morumbi seja entregue em 2030, ano do centenário do São Paulo. O início das obras, no entanto, não está definido. O acordo com a WTorre prevê que a construtora tem seis meses para apresentar ao clube o projeto de reforma do estádio. Em seguida, esse projeto deverá passar pela aprovação do Conselho Deliberativo.
O grande foco dessa reforma é a ampliação do estádio. Atualmente, o Morumbi tem capacidade para recepcionar cerca de 66 mil torcedores. Com a modernização, ar arquibancadas poderiam abrigar 85 mil pessoas em dias de jogos. Em shows, esse número deve chegar a 100 mil.
Para ampliar a capacidade do Morumbi, a ideia é demolir o anel inferior e alongar o anel intermediário até as proximidades do gramado, tal qual as arenas mais modernas. A grande questão é referente à pista de atletismo, que é usada por sócios do clube. Ela deixaria de existir nesse novo projeto.
Um dos fatores que fazem o estádio atual ser criticado é a falta de cobertura para o anel superior. Essa é uma obra que também está pautada e, inclusive, é o principal fator para impactar os valores da reforma. Com cobertura, o custo da reforma pode aumentar em até 50%. Nesse caso, também está prevista a possibilidade de montar um anfiteatro em um dos gols com capacidade para 20 mil pessoas, bastante semelhante ao Allianz Parque.
Outra das reclamações comuns é a falta de um estacionamento no Morumbi. À época em que o estádio foi apontado para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, esse foi relatado como um dos empecilhos. Com a reforma, é prevista a construção de um estacionamento para até 2 mil veículos.
Os R$ 500 a 800 milhões que estão sendo previstos no momento pela obra serão ressarcidos aos cofres da WTorre por meio da exploração do Morumbi ao longo de 30 anos, contando a partir da reinauguração. Não há detalhes sobre como shows e eventos impactariam na agenda do São Paulo e se o clube teria direito a percentuais referentes à arrecadação.
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