Análise | São Paulo faz 3 gols sem precisar de esforço, bate o Vasco e se reanima na briga por Libertadores

Lucas Moura marca duas vezes contra time vascaíno apático no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas

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Foto do author Leonardo Catto
Atualização:

O São Paulo fez jogo tranquilo e venceu o Vasco por 3 a 0 em partida válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira, 16. Na primeira vez em que mandou um jogo no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, o time tricolor já se sentiu em casa, sem demandar de grandes esforços para ser letal nos ataques, com dois gols de Lucas Moura e um de Luciano.

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Com a vitória, o São Paulo mantém a quinta posição, mas sobe para 50 pontos, apenas um atrás do Flamengo, primeira equipe do G-4 e que joga nesta quinta-feira, contra Fluminense. Zubeldía terá, agora, dez dias até o próximo compromisso, diante do Criciúma, dia 26, no Heribelto Hulse.

Apesar do apoio da torcida, o São Paulo assistiu ao Vasco ter domínio da bola nos primeiros minutos, com o time de Zubeldía postado do meio para trás. Isso deu sinal de que a partida poderia ser disputada, até porque Rafael Paiva mandou a campo a equipe totalmente titular, apesar da semifinal da Copa do Brasil no sábado, contra o Atlético-MG, em São Januário.

Lucas fez grande jogo em Campinas e marcou duas vezes. Foto: @SaoPauloFC via X

Entretanto, pouco tempo depois, o São Paulo inverteu a chave e subiu a marcação. Foi preciso, porém, apenas uma chegada são-paulina para que Luciano tabelasse com Calleri e finalizasse. O goleiro Léo Jardim aceitou e levou um frango por entre as pernas.

O bom relacionamento entre Calleri e Luciano, com o centroavante abrindo espaço entre os zagueiros para o camisa 10, traz novamente o questionamento: “E se Zubeldía tivesse mantido a formação para as decisões contra o Botafogo pela Libertadores?”. Não há como saber o possível desfecho.

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O Vasco não conseguiu mais impor domínio de posse de bola como fez nos primeiros minutos. Os são-paulinos aproveitaram e, com paciência, armavam suas jogadas. Quando invadir a área não viável, chutes de média distância testavam o goleiro vascaíno.

O meio-campo de Payet e Coutinho tinha os astros isolados. Mais do que isso, os dois eram nulos na marcação, permitindo que até mesmo Ruan e Sabino, zagueiros do São Paulo, conseguissem conduzir a bola à frente.

Na melhor chance vascaína, Paulo Henrique encontrou Coutinho em movimentação diagonal na área do São Paulo. O camisa 11 tira do goleiro Rafael, mas a bola vai para fora, sem que Vegetti ou Rodríguez conseguissem chegar. O Vasco sofria com distância entre suas peças ofensivas.

Coutinho foi escalado ao lado de Payet pelo primeira vez, mas plano de Rafael Paiva não deu certo. Foto: Matheus Lima/Vasco

Apesar da formação são-paulina não apresentar novidades, as peças disponíveis e escolhidas por Zubeldía tornaram o São Paulo mais ofensivo. Erick e Igor Vinícius conferiram mais velocidade em variações pelo lado direito, enquanto pelo meio Marcos Antônio buscou mais infiltrações do que Bobadilla costuma oferecer, lembrando a movimentação de Alisson, que se recupera de cirurgia.

Na retomada do segundo tempo, dizer que o Vasco atacou é muito. O time apenas levou a bola até a área do São Paulo e a perdeu. No contra-ataque, Lucas Moura teve explosão como se estivesse em 2012, deixou Maicon para trás e ampliou o placar, sem chances para Léo Jardim.

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A partida ganhou temperatura morna, com o São Paulo administrando ainda mais o jogo. Paiva promoveu trocas, mas essas não foram refletidas em mudanças no campo.

Pelo contrário, foi a alteração de Zubeldía que acelerou o jogo. Wellington Rato entrou e ganhou escanteio para o São Paulo. Ele mesmo cobrou para Lucas Moura cabecear para o fundo do gol.

Luciano abriu o placar e mostrou bom desempenho junto a Calleri e Lucas. Foto: @SaoPauloFC via X

Ferreirinha ainda teve a oportunidade de voltar após quase dois meses fora de ação. O ponta, que tinha sofrido uma lesão muscular na coxa direita, tem oito gols e três assistências na temporada e foi aplaudido no retorno a campo.

Até mesmo Galoppo ganhou uma oportunidade no Brinco de Ouro. Contratação mais cara do São Paulo (contratado por R$ 32 milhões), o argentino ficou dez meses fora após lesão no joelho, em 2023. Após o retorno, ele chegou até a ficar fora do banco de reservas e não conseguiu sequência de jogos.

Contra o Vasco, o São Paulo misturou ofensividade com serenidade em campo. Sem pressa para empilhar ataques, o time foi letal nas chances que teve. A vitória não coloca a equipe no G-4, mas o recupera após a derrota para o Cuiabá, em uma retomada na briga pela vaga na Libertadores. O “olé” do torcedor ao final do jogo foi o sinal de reconciliação.

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SÃO PAULO 3 X 0 VASCO

  • SÃO PAULO - Rafael; Igor Vinícius, Sabino (Santi), Ruan e Wellington; Luiz Gustavo e Marcos Antônio (Galoppo); Luciano (Rodrigo Nestor), Lucas (Ferreirinha) e Erick (Wellington Rato); Calleri. Técnico: Luis Zubeldía.
  • VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez), Maicon, João Victor e Lucas Piton (Leandrinho); Hugo Moura e Matheus Carvalho; Payet (Rayan) e Coutinho (Jean David) e Emerson Rodríguez; Vegetti (Galdames). Técnico: Rafael Paiva.
  • ÁRBITRO - Davi de Oliveira Lacerda (ES)
  • GOLS - Luciano, aos 8 minutos do primeiro tempo e Lucas Moura, a 1 e aos 21 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Wellington (São Paulo).
  • PÚBLICO - 15.497 pessoas.
  • RENDA - R$ 991.227
  • LOCAL - Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP).
Análise por Leonardo Catto

Jornalista natural de Santa Maria (RS), bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Repórter de Esportes do Estadão. Antes, fez parte do 32º Curso Estado de Jornalismo.

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