Scarpa pede na Justiça 30% do salário de Willian para reaver prejuízo com golpe de criptomoedas

Meio-campista quer ressarcir parte dos R$ 6,3 milhões que perdeu ao investir em moedas digitais por meio da operadora Xland, indicada pelo atacante

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

Depois de Willian Bigode se tornar réu no processo que envolve investimento em criptomoedas, o atacante do Athletico-PR pode perder 30% de seu salário graças a um pedido à Justiça de Gustavo Scarpa, que quer penhorar parte dos vencimentos do ex-companheiro de Palmeiras. A informação foi primeiramente divulgada pela ESPN e confirmada pelo Estadão.

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Segundo a petição, Scarpa busca, com o pedido, ressarcir parte do prejuízo de R$ 6,3 milhões que teve ao investir em criptomoedas por meio da operadora Xland, indicada ao meio-campista do Nottingham Forest. pelo atacante e seus sócios na empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.

A defesa de Scarpa argumenta, na petição, que os 30% se revelam um valor “razoável, não afrontando a dignidade ou a subsistência do devedor e de sua família”. O salário de Willian é hoje dividido entre Athletico-PR, que defende por empréstimo, e Fluminense, clube ao qual pertence.

Scarpa também solicitou novo bloqueio de bens móveis, valores depositados em contas bancárias, investimentos, ativos financeiros em corretoras de investimentos, dentre outros bens possíveis e passíveis de penhora, em nome de Willian e suas sócias na WLJC, Camila Moreira de Biasi Fava e Loysi Coelho de Siqueira, mulher do jogador.

Willian Bigode e Gustavo Scarpa foram companheiros de Palmeiras  Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

Em nota enviada ao Estadão, o advogado de Willian, Bruno Santana, afirmou que entrou com pedido de impugnação do pedido feito por Scarpa. “Nos manifestaremos no processo, impugnando o pedido, pois entendemos que é descabido por não haver condenação, bem como, porque sequer foi aberto prazo para apresentação de defesa”.

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Willian Bigode iniciou sua relação com Gustavo Scarpa quando ambos atuavam no Palmeiras. Além deles, o lateral-direito Mayke também move processo contra a Xland.

Segundo decisão de Daniel Fadel de Castro, juiz da 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, que tornou Willian reú, a empresa do atacante do Athletico-PR atuou como interlocutora para convencer Scarpa a realizar o investimento em criptomoedas, com o aporte milionário da Xland.

Em abril, o Estadão revelou troca de mensagens entre os jogadores, que compõem o conjunto de provas que a defesa de Scarpa juntou aos autos para demonstrar envolvimento da empresa de Willian na fraude.

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