Secretário dos EUA critica Fifa por retaliação à braçadeira ‘One love’ no Catar

Entidade máxima do futebol ameaçou aplicar cartões amarelos a jogadores que utilizassem faixas de capitão que apoiam a inclusão e a tolerância à diversidade

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Por Estadão Conteúdo
Atualização:

Antony Blinken, secretário de estado americano, e principal diplomata dos Estados Unidos, criticou a Fifa nesta terça-feira ao falar sobre a ameaça de aplicar cartões amarelos a jogadores que utilizarem as braçadeiras coloridas que apoiam a inclusão e a tolerância à diversidade.

Representante do país que vai sediar a Copa do Mundo de 2026 junto com o Canadá e o México, Blinken fez questão de se posicionar sobre o assunto que vem gerando polêmica no Catar.

O secretário americano Antony Blink e o ministro do exterior Mohammed Bin Adbulrahman Al Thani juntos em uma coletiva de imprensa. Foto: Ashley Landis/AP

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“Sempre preocupante quando vemos quaisquer restrições à liberdade de expressão”, afirmou o diplomata que completou seu discurso num tom de reflexão. “E na minha opinião, pelo menos ninguém, em um campo de futebol, deve ser forçado a escolher entre apoiar esses valores jogando pelo time deles.”

Na goleada de 6 a 2 sobre o Irã, o atacante Harry Kane utilizou uma faixa de capitão “Sem discriminação” aprovada pela FIFA. A entidade que comanda o futebol tentou contrariar a campanha dos europeus com suas próprias braçadeiras com slogans mais genéricos apoiado por algumas agências das Nações Unidas.

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Em resposta aos comentários de Blinken, a FIFA se referiu a uma declaração anterior sobre permitir as braçadeiras “Sem discriminação” no torneio, como parte de um acordo que tentou firmar com as federações de futebol.

Blinken chegou ao Catar na segunda-feira, onde visitou um programa de futebol juvenil ligado à Copa do Mundo. Mais tarde, assistiu ao empate de 1 a 1 dos EUA com o País de Gales.

Apesar dos comentários mais fortes direcionadas à FIFA, o diplomata adotou um tom mais comedido ao se referir ao país-sede sobre o tratamento a trabalhadores migrantes e a criminalização do sexo gay e lésbico.

“Sabemos que, sem trabalhadores, incluindo muitos operários migrantes, esta Copa do Mundo simplesmente não teria sido possível. O Catar fez avanços nos últimos anos em suas leis trabalhistas para expandir os direitos”, comentou.

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O secretário americano disse ainda que os Estados Unidos seguem centrados sobre os assuntos relacionados aos direitos humanos no país da Copa. “Resta um trabalho real sobre essas questões, e o Estados Unidos continuarão a trabalhar com o Catar no fortalecimento dos direitos trabalhistas e direitos humanos de forma mais ampla muito depois do fim da Copa do Mundo.”