Seleção brasileira arranca empate nos acréscimos, mas cai nos pênaltis e é vice da Finalíssima

Confronto com a Inglaterra reserva emoções até o final e gol salvador aos 47 do segundo tempo, mas jogadoras desperdiçam chances nas penalidades

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Por Estadão Conteúdo

Em um jogo dramático e cheio de alternativas para as duas equipes, a seleção brasileira feminina se superou na disputa da Finalíssima, arrancou um empate de 1 a 1 com a poderosa Inglaterra, com gol nos acréscimos marcado por Andressa Alves, mas acabou amargando o vice do torneio ao perder nos pênaltis por 4 a 2, na tarde desta quinta-feira, 6, em Wembley. Tamires e Rafaelle desperdiçaram para a seleção brasileira enquanto Tooney perdeu o seu tiro livre. Kelly, responsável pela última cobrança das inglesas, acabou definindo o título em favor da equipe europeia.

A Finalíssima é uma das iniciativas de intercâmbio firmadas entre Uefa e Conmebol para aproximar as entidades. Campeã da Copa América, o Brasil mediu forças com a Inglaterra, vencedora da última edição da Eurocopa. O amistoso foi considerado um importante teste visando a disputa da Copa do Mundo de futebol feminino, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia.

Kerolin disputa corrida contra Georgia Stanway, da Inglaterra, durante a Finalíssima, que terminou com o título europeu nos pênaltis. Foto: Adrian Dennis/AFP

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O estádio de Wembley recebeu um bom público, que foi superior a 83 mil torcedores. Um torcedor ilustre fez questão de comparecer ao estádio para incentivar a seleção brasileira: o atacante Richarlison, do Tottenham, que já tinha ido a um treinamento da seleção brasileira, marcou nas tribunas.

A Inglaterra comandou as ações ofensivas desde o início do jogo e dificultou a saída de bola da seleção brasileira. Com rapidez na troca de passes e boa variação de jogadas, as inglesas foram criando seguidas chances tendo como principal referência Lauren James e Hemp.

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A melhor das oportunidades foi em um chute de Lucy Bronze, que bateu cruzado e obrigou Lelê a uma difícil defesa. O Brasil incomodou em um bom lançamento feito por Tamires. Geyse escapou em velocidade, achou um espaço para o chute na pequena área, mas a bola desviou na zaga e foi para a linha de fundo.

Com mais volume de jogo, o primeiro gol saiu em uma bela trama das inglesas. Bronze iniciou a jogada pela direita e Stanway chegou à linha de fundo com liberdade. O cruzamento rasteiro encontrou Toone sem marcação na área. Ela bateu firme e abriu o placar fazendo um golaço.

O Brasil esboçou reação em investida pela esquerda novamente com Tamires, mas os seguidos erros de passe seguiram atrapalhando o time da técnica Pia Sundhage. Aos 29 minutos a Inglaterra voltou a marcar, mas o gol de James acabou anulado por impedimento.

O ritmo baixou, mas no final da primeira etapa, Lelê precisou trabalhar em dois lances seguidos para evitar que a Inglaterra ampliasse primeiro em cabeçada de Hemp, e depois com uma finalização de Alessia Russo.

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Na volta para o segundo tempo, com Andressa Alves e Adriana na equipe, o Brasil foi para o jogo e passou a incomodar, mudando o cenário. Na melhor das chances, Geyse mandou uma bomba que a goleira Earps teve muita dificuldade para defender.

A Inglaterra sentiu o golpe e mudou a sua estratégia. Se antes, o time tinha o controle do jogo com a posse de bola, no segundo tempo as inglesas recuaram e passaram a apostar nos contra-ataques para chegar ao segundo gol.

O Brasil botou pressão total no final da partida e passou a marcar no campo do adversário. A Inglaterra procurou administrar o tempo e passou a recorrer às faltas para travar a partida. Nos acréscimos, no entanto, a estrela da técnica Pia brilhou. Em uma bola cruzada, a goleira Earps não segurou a bola e Andressa Alves pegou a sobra para empatar a partida, aos 47 minutos do segundo tempo, e levar a disputa para os pênaltis. Nas cobranças, a Inglaterra mostrou mais sangue frio e acabou levando a melhor, vencendo as brasileiras por 4 a 2.

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