O Shakhtar Donetsk e mais oito clubes da Rússia não conseguiram emplacar recurso contra a Fifa na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Nesta sexta-feira, o tribunal rejeitou apelo que buscava reverter as regras impostas pela entidade mundial quanto às transferências de jogadores e treinadores em decorrência da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.
Na ocasião, a Fifa decidiu facilitar a suspensão de contratos dos jogadores e treinadores com os times da Ucrânia e da Rússia. Os campeonatos disputados nos dois países foram afetados pela guerra, gerando insegurança entre os atletas. Muitos preferiram aproveitar as regras da Fifa para romper seus vínculos de forma unilateral. Alguns vieram defender clubes brasileiros, deixando a guerra para trás.
Insatisfeitos com esta situação, os clubes dos dois países tentaram anular estas regras com recursos junto à CAS. Mas o tribunal acabou sustentando as definições da Fifa. As decisões desfavoráveis aos clubes surgiram em casos diferentes, um deles iniciado pelo Shakhtar, que alegou prejuízos com as transferências, que não trouxeram ganhos para o clube. O time ucraniano pedia indenização de 50 milhões de euros (cerca de R$ 277 milhões) junto à Fifa como compensação.
O outro caso foi liderado pelo Zenit St. Petersburg, que também buscava o fim das regras especiais da Fifa - elas foram estendidas para toda a temporada atual a ser encerrada somente em junho. Os clubes alegam que ceder seus jogadores, por empréstimo, abriu brechas para “exploração” por parte dos agentes dos atletas. E isso teria custado uma perda de milhões de euros em taxas de transferência.
A CAS divulgou seu veredicto, em favor da Fifa, nesta sexta-feira, sem divulgar os detalhes de cada caso. O tribunal deve anunciar estes detalhes somente nas próximas semanas.
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