O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu por unanimidade o goleiro Fernando Prass. O palmeirense foi julgado nesta quarta-feira por sua declaração na qual teria admitido que já recebeu no passado a famosa "mala branca", um incentivo financeiro dado por outro clube para que uma equipe vença uma partida. Caso fosse considerado culpado, ele poderia ser desfalque para o confronto decisivo de domingo diante do Atlético-PR, no Allianz Parque.
Prass foi denunciado pela promotoria no artigo 238 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que dá conta de "receber ou solicitar, para si ou para outrem, vantagem indevida em razão de cargo ou função, remunerados ou não, em qualquer entidade desportiva ou órgão da Justiça Desportiva, para praticar, omitir ou retardar ato de ofício, ou, ainda, para fazê-lo contra disposição expressa de norma desportiva".
Caso fosse considerado culpado, Fernando Prass teria que pagar uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil e poderia ser suspenso por um período de 360 a 720 dias. Mas se na semana passada admitiu que já havia recebido "mala branca", nesta quarta-feira o goleiro voltou atrás e garantiu que nunca ganhou esta "motivação extra". Ele afirmou que foi mal interpretado e que havia confirmado apenas o recebimento de prêmios do próprio clube por vitórias.
A explicação convenceu os auditores, que foram unânimes no voto pela absolvição do goleiro, gerando um 4 a 0 a favor do acusado. Com o resultado, quem pôde respirar aliviado foi o técnico Dorival Júnior, que contará com esta peça fundamental para escalar o Palmeiras na decisão diante do Atlético-PR. Uma vitória garante a equipe paulista na Série A. Se perder ou empatar, dependerá de outros resultados para permanecer na elite.
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