O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplicou uma pena pesada e exemplar ao Santos por causa dos incidentes ocorridos contra o Corinthians, na Vila Belmiro, dia 21 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, torcedores atiraram fogos de artifício no gramado em direção ao goleiro Cássio e depois contra os próprios jogadores, repetindo cenas de 2022. Como punição, o clube pegou oito jogos com portões fechados, acrescidos de perda de mando e multa de R$ 80 mil. Cabe recurso.
O clube foi indicado nos parágrafos I e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): ‘deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir,” que abrange “desordem em sua praça.” Já o parágrafo terceiro enfatiza os “lançamentos de objetos no campo de disputa.”
O julgamento na 5ª Comissão Disciplinar do STJD estava concluído com os oito jogos com portões fechados e a multa em dinheiro proclamados, quando o advogado do Santos, Marcelo Mendes, resolveu questionar a contagem, dizendo que a pena deveria ser por seis jogos, e levou uma invertida, agravando ainda mais a situação.
O presidente da Comissão Disciplinar, Otacílio Araújo, resolveu então mudar sua designação e também definiu a perda de mandos, significando que o clube terá de jogar a 150 quilômetros da Vila Belmiro. “Então o Santos ficou, por maioria, a oito jogos com portões fechados e perda de mando, vencido o Dr. Vanderson, que aplicava seis jogos com portões fechados e Dra. Alessandra, que aplicava seis jogos com portões fechados. E, por unanimidade, punido com R$ 80 mil de multas, esclarecido?”, afirmou.
O jogo com o Goiás, no domingo, pelo Brasileirão, permanece na Vila, mas as partidas seguintes, contra Botafogo, Athletico-PR, Grêmio, Cruzeiro, Vasco e Red Bull Bragantino terão de ser longe de Santos. O clube já havia cumprido a primeira partida com portões fechados diante do Flamengo e promete recorrer para tentar reduzir a pena e, ao mesmo tempo, derrubar a perda de mandos para atuar em casa.
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