Dono da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Botafogo, o americano John Textor ficou bastante irritado e indignado com a derrota alvinegra para o Palmeiras, por 4 a 3, nesta quarta-feira, com gol decisivo no último lance, no Estádio Nilton Santos. A bronca era com a arbitragem por causa da expulsão de Adryelson, decisiva para o resultado, em sua visão.
Além de não deixar os jogadores falarem após o revés em casa, o dirigente tomou a palavra e, em inglês, detonou o catarinense Bráulio da Silva Machado, responsável por apitar a partida e que expulsou Adryelson em uma falta na qual era o último homem, com o auxílio do VAR - tinha dado apenas amarelo.
“Todo mundo viu. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro, não é para um cartão vermelho. Ele mudou o jogo. Isso é uma p... Corrupção, isso é um assalto”, detonou John Textor, ao Premiere. “Esse campeonato se tornou uma piada”, continuou na bronca, afirmando que é o quinto jogo seguido com o Botafogo prejudicado em seu estádio.
Por causa dos tantos erros contra sua equipe, o dirigente disse que irá pedir para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que demita Wilson Seneme, o chefe da arbitragem. “Ninguém merece isso. O Palmeiras não quer ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. Isso é corrupção”, repetiu. “Vou pedir ao Ednaldo (presidente da CBF) para que ele (Seneme) peça demissão. Pode me dar cartão vermelho, é meu estádio, eu ainda estarei aqui”, disparou.
Após o desabafo, Textor ainda invadiu o gramado para falar com Bráulio. Fez o gesto de um cartão para o árbitro, dizendo que foi “errado.” Adryelson virou desfalque para o clássico com o Vasco, segunda-feira, e o Botafogo ainda perdeu outros dois jogadores por acúmulo de amarelos: Cuesta e Marlon Freitas.
Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Abel Ferreira colocou panos quentes na discussão com Textor, reforçou elogios ao dirigente e afirmou que pediu apenas cartão amarelo no lance que culminou na expulsão de Adryelson.
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