Tiago Leifert critica expulsão de Marta nas Olimpíadas: ‘Não pode ter café com leitismo’

Jornalista acredita que a falta de cobrança aos atletas atrasa o desenvolvimento do esporte no país

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A expulsão de Marta na derrota do Brasil para a Espanha no futebol feminino das Olimpíadas de Paris foi duramente criticada por Tiago Leifert. Sobrou até para parte da imprensa que vem fazendo a cobertura dos Jogos.

Em seu canal do Youtube, Tiago Leifert criticou o fato de Marta não ter sido cobrada pela imprensa depois da expulsão infantil. O jogo estava 0 a 0 e poderia ser o último do Brasil nas Olimpíadas. Sem a camisa 10, a seleção perdeu de 2 a 0 e só se classificou por causa de uma combinação de resultados.

Marta chora depois de ser expulsa contra a Espanha Foto: Moises Castillo/AP

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”Você vê a postagem de todos... CazéTV foi mal, postagem no Instagram está errado, Sportv está errado, Globoesporte.com está errado. Não é assim, levanta a cabeça rainha. Não é levanta a cabeça rainha, po. Foi mal, tem que criticar, tem que pegar no pé, tem que cobrar mais. Ela é a camisa 10 da seleção. Quando os grandes erram é porrada pra caramba. É porrada no Zidade, é porrada no Neymar”, disparou Leifert, que continuou:

“Não pode ser esse café com leitismo, isso só atrasa nosso desenvolvimento. Esquece apoio, dinheiro, patrocínio. Estou falando cabeça de atleta, como Phelps, César Cielo, Medina. Essa mentalidade não tem nada a ver com apoio, nem com grana, ela é de graça. Essa a gente precisa ter e não podemos contribuir para o choro falando “aí estava longe da minha família”. Todo mundo estava longe da família, o chinês estava, o americano estava. Tem coisa que tudo bem, é grana, é apoio, é estrutura. Mas tem coisa que é de graça e que a gente precisa cobrar”.

Para reforçar as críticas, Tiago Leifert usou Caio Bonfim como exemplo. Na última quinta-feira, 1, o brasileiro conquistou a primeira medalha olímpica para o país na marcha atlética ao terminar na segunda colocação.

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”Quer um exemplo? O Caio Bonfim. Ele foi 4º em 2016 e depois foi 13º em Tóquio. Se fosse hoje, aplicando o café com leitismo da cobertura, seria “parabéns guerreiro, levanta a cabeça”. Sabe o que ele falou na entrevista? Que assim que terminou Tóquio, ele sentou em um bloco e falou: “o que aconteceu comigo? Isso é você? Que vergonha é essa?”. Aí ele vai, treina, treina e treina e belisca a prata”, destacou Leifert.

Sem Marta, suspensa, o Brasil volta a campo neste sábado, 3, quando enfrenta a anfitriã França, às 16h (horário de Brasília), pelas quartas de final das Olimpíadas.

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