O Tribunal Administrativo de Esportes (TAD) da Espanha derrubou, neste sábado, 27, a medida cautelar do Valencia que pedia a suspensão da interdição parcial de parte das arquibancadas do Estádio Mestalla por conta dos atos de cunho racista contra o jogador Vinícius Júnior em jogo com o Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. Com a decisão, o clube vai enfrentar o Espanyol sem poder contar com a lotação máxima no confronto que está marcado para o domingo, pela penúltima rodada da liga.
De acordo com o jornal Marca, a punição imposta imposta pelo Comitê de Competições, de três partidas com parte do setor do estádio Mestalla fechado e ainda uma multa de 27 mil euros (algo em torno de R$ 140 mil), será mantida.
Sob o risco de rebaixamento, o Valencia contava com a lotação máxima de sua arena para o confronto com o Espanyol. Com 40 pontos, o time tem apenas dois a mais que as equipes que estão na zona de descenso. O rival de domingo ocupa a vice-lanterna com 35 pontos, e está em uma posição ainda mais delicada, ou seja, também necessita desesperadamente de um resultado positivo.
A procura de ingressos para a partida tem sido intensa por parte dos torcedores. No entanto, o setor sul, local onde aconteceram manifestações contra Vinícius Júnior, segue isolado. As investigações já levaram à identificação de três torcedores que foram convocados pelo tribunal para prestar depoimentos, de acordo com o periódico espanhol.
Em meio a essa questão extracampo, Rubén Baraja, técnico do Valencia, falou sobre o episódio e repudiou o comportamento contra o atacante brasileiro que foi chamado de macaco pelos torcedores rivais.
“Condeno absolutamente o que aconteceu no Mestalla contra o Real Madrid. Nós, como clube, tivemos e e ainda temos jogadores negros em nosso time e os respeitamos como pessoas acima de tudo”, afirmou o treinador.
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