Não foi aquela atuação de gala, muito menos uma goleada, mas a vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o Nova Iguaçu, nesta terça-feira à noite, foi muito comemorada pela torcida presente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela sétima rodada da Taça Guanabara. Este jogo deixou os vascaínos com 11 pontos, em sexto lugar, mais perto de sonhar com uma vaga no quadrangular final.
O Vasco está um ponto atrás do Bangu e dois atrás de três clubes, todos com 13 pontos: Volta Redonda, Fluminense e Botafogo. O cruz-maltino ainda tem um jogo a menos, porque não disputou o clássico com o Botafogo pela terceira rodada. Mesmo fora do país, com seis jogos, o Flamengo lidera com 14 pontos.
Mas o rubro-negro não passou em branco, após ter sido eliminado nas semifinais do Mundial de Clubes, à tarde no Marrocos, quando perdeu por 3 a 2 para o Al-Hilal e adiou o sonho de conquistar o bi mundial. A entusiasta torcida vascaína - 28.857 pessoas - no Mané Garrincha cantou: “Real Madrid, pode esperar, a sua hora vai chegar...”. O time espanhol, em tese, decidiria o título contra o Flamengo.
POUCA TÉCNICA
O Vasco fez um primeiro tempo bem ruim em termos técnicos, tentando apenas as bolas alongadas, em ligação direta. O Nova Iguaçu adotou uma postura defensiva, com o claro objetivo de evitar o gol. Mesmo errando passes e na base da correria, o Vasco tinha o domínio das ações e rondava a grande área adversária.
Só aos 45 minutos que surgiu uma chance real de gol. Na frente da área, Jair recuperou a bola e lançou Erick Marcus do lado esquerdo. Ele driblou Bruninho e ficou de frente com o goleiro Anderson Max do Nova Iguaçu. Marcus, porém, foi bloqueado no chute e a bola foi desviada para escanteio.
O gol vascaíno saiu somente aos 49. A jogada começou pelo lado esquerdo com Erick Marcus, que fez o cruzamento pelo alto. Pedro Raul, enfim, apareceu bem e ajeitou de cabeça para dentro da área. Jair apareceu de trás, tirou um zagueiro e o goleiro praticamente num toque de bola e virou para chutar a bola para as redes.
Este foi seu primeiro gol com a camisa cruzmaltina e no intervalo ele reconheceu que o time não foi bem. “Não fomos bem na técnica, mas temos que jogar desta forma, na garra e disposição, até encaixar bem o jogo”.
Aliviado com a vantagem no placar, o Vasco foi todo pressão no segundo tempo, adiantando bem a marcação. Gabriel Pec quase aproveitou e ampliou, aos 16 minutos, após o descuido de Anderson Max que soltou uma bola fácil pelo alto.
Mas a vontade de marcar seu gol foi recompensada aos 26 minutos, quando balançou as redes na pequena área, só completando cruzamento do lado esquerdo de Alex Teixeira, que tinha entrado no lugar de Nenê. A jogada começou na intermediária numa roubada de bola de Jair, considerado o melhor em campo.
Mais acomodado, o Vasco ainda viu dois chutes de longa distância do volante Léo Índio quase surpreenderem. Ambos foram bem defendidos pelo goleiro Léo Jardim, que estreou com a camisa cruz-maltina.
No final de semana, os dois times voltam a campo pela oitava rodada. O Vasco vai fazer o clássico com o Fluminense, domingo, às 18h, no Maracanã. O Nova Iguaçu joga como mandante, no sábado, diante da Portuguesa, a partir das 15h30.
FICHA TÉCNICA
NOVA IGUAÇU 0 X 2 VASCO
NOVA IGUAÇU - Anderson Max; Léo Fernandes, Michel, Gabriel Pinheiro (Matheus Alves) e Bruninho; Gustavo Nicola (Paulo Henrique), Léo Índio, Marquinho Macaé, Andrey Dias (Breno) e Andrezinho (Ewerton); Nathan Palafoz (Léo Bala). Técnico: Carlos Vitor.
VASCO - Ivan; Pumita Rodriguez (Paulinho), Miranda, Léo e Lucas Piton; De Lucca, Jair (Barros) e Nenê (Alex Teixeira); Erick Marcus (Orellano), Pedro Raul (Eguinaldo) e Gabriel Pec. Técnico: Maurício Barbieri.
GOLS - Jair, aos 49 minutos do primeiro tempo; Gabriel Pec, aos 26 do segundo.
ÁRBITRO - Tarcizo Pinheiro Caetano.
CARTÕES AMARELOS - Matheus Alves, Léo Índio e Bruno (Nova Iguaçu); De Lucca, Erick Marcus e Léo Fernandes (Vasco).
RENDA - Não divulgada.
PÚBLICO - 28.857 torcedores.
LOCAL - Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
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