Vini Jr. repudia racismo contra amigo e questiona: ‘Onde estão as imagens das câmeras?’

‘Meu amigo foi humilhado e ironizado. Os bastidores são nojentos’, escreveu o atacante após a goleada do Brasil sobre Guiné

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Por Redação
Atualização:

O atacante brasileiro Vinícius Júnior usou as redes sociais para repudiar o caso de racismo contra seu amigo, Felipe Silveira, que também é assessor pessoal do atleta do Real Madrid. Na entrada do Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, o rapaz de 27 anos teve uma banana apontada em sua direção por um segurança, que teria dito: “Mãos ao alto, essa é minha arma para você”.

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Vini Jr. chamou a cena de “nojenta” e cobrou ação das autoridades sobre o acesso às imagens das câmeras de segurança do estádio, através das quais se poderia confirmar o caso de racismo.

“Enquanto eu jogava com a já histórica camisa preta e me emocionava, meu amigo foi humilhado e ironizado na entrada do estádio. O tratamento foi triste, em todos os momentos duvidaram da cena surreal que aconteceu. Os bastidores são nojentos. Mas pra deixar tudo público, pergunto aos responsáveis: onde estão as imagens das câmeras de segurança?”, questionou Vini.

Vini Jr. e demais jogadores se ajoelharam em campo antes de a bola rolar em manifestação antirracista. Foto: Joan Monfort/ AP

Após a goleada por 4 a 1 sobre Guiné, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota para comentar o insulto racista sofrido pelo membro do estafe de Vini Jr. e afirmou que “tomou providências imediatas e, na mesma hora, solicitou a polícia e aos organizadores do jogo que dessem todo o apoio e amparo a mais uma vítima de racismo, um crime que precisa ser combatido de forma veemente e sem descanso. O episódio, inclusive, foi presenciado por jornalistas presentes ao amistoso.”

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O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, também expôs sua opinião sobre o tema. “O combate ao racismo, um crime que precisa cessar em todo o mundo, é também o motivo pelo qual estamos aqui. O mesmo motivo que levou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, a vir de Zurique até aqui. E foi também por isso que a nossa seleção jogou o primeiro tempo da partida de preto. É um manifesto, é uma bandeira, é uma missão banir do futebol mundial não só o racismo, como toda e qualquer forma de violência, dentro e fora dos estádios. Temos recebido a solidariedade de todos os companheiros de Federações e Confederações do mundo inteiro, querendo se juntar ao Brasil nessa luta. E hoje, mais uma vez, mais um criminoso foi exposto publicamente.“

Após a partida, Vinicius Júnior enalteceu o momento, mas deixou claro que não sabia do racismo sofrido pelo seu assistente pessoal por um segurança antes da bola rolar. O amigo do craque teve uma banana apontada em sua direção.

“Foi um momento histórico para a seleção e para mim. Espero que estejamos ao fim disso. Vamos seguir na luta, todos juntos, nós, a CBF e todos os clubes do Brasil. Se Deus quiser, esse preconceito vai diminuir”, disse o atacante.

Vinicius Júnior foi quem deu números finais ao duelo ao marcar o gol em uma cobrança de pênalti. Mas o dia não foi especial apenas para o craque. Rodrygo, seu companheiro de Real Madrid, também comemorou a vitória.

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“Foi um dia muito especial. Sabíamos tudo que estava envolvido. Estou feliz também por ter feito um gol novamente com essa camisa especial. Vou lembrar para sempre”, afirmou Rodrygo.

O Brasil viaja para Portugal no próximo domingo, quando iniciará a preparação para o jogo diante de Senegal, marcado para terça-feira, às 16h.

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